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Autoridades recuperam corpos de 20 vítimas de queda de avião no Nepal

As esperanças de encontrar sobreviventes entre as 22 pessoas a bordo de um pequeno avião, que caiu na encosta de uma montanha do Himalaia no domingo (29), estão diminuindo no Nepal nesta segunda-feira (30), disseram autoridades, com apenas duas pessoas ainda a serem encontradas.

Dois alemães, quatro indianos e 16 nepaleses estavam a bordo da aeronave, que caiu 15 minutos depois de decolar da cidade turística de Pokhara, 125 km a oeste da capital Katmandu, na manhã de domingo.

“Há muito poucas chances de encontrarmos sobreviventes”, disse Deo Chandra Lal Karna, porta-voz da Autoridade de Aviação Civil do Nepal.

Soldados e equipes de resgate do Nepal recuperaram 20 corpos dos destroços, espalhados por uma encosta íngreme a uma altitude de cerca de 14.500 pés.
O terreno difícil e o mau tempo dificultaram as equipes de busca.

“Há uma nuvem muito espessa na área”, disse Netra Prasad Sharma, o burocrata mais graduado do distrito de Mustang, onde ocorreu o acidente, à Reuters por telefone. “A busca por corpos está acontecendo.”

Em Katmandu, parentes das vítimas esperavam que os corpos fossem trazidos de volta do local do acidente, e a autoridade da aviação disse em um tweet que a identificação formal das vítimas ainda não havia ocorrido.

“Estou esperando o corpo do meu filho”, disse Maniram Pokhrel à Reuters, com a voz embargada. Seu filho Utsav Pokhrel, 25, foi o copiloto.

Operado pela Tara Air, de propriedade privada, a aeronave caiu com tempo nublado na manhã de domingo e os destroços não foram vistos até segunda-feira de manhã pelo exército do Nepal.
O destino era Jomsom, um popular local turístico e de peregrinação que fica a cerca de 80 km (50 milhas) a noroeste de Pokhara – geralmente um voo de 20 minutos.

A aeronave perdeu contato com a torre de controle de Pokhara cinco minutos antes de pousar, disseram autoridades da companhia aérea.

O local do acidente fica perto da fronteira do Nepal com a China, na região onde está localizado o Monte Dhaulagiri, o sétimo pico mais alto do mundo, com 8.167 metros.

O site de rastreamento de voos Flightradar24 disse que a aeronave, com o número de registro 9N-AET, fez seu primeiro voo há 43 anos.

Acidentes aéreos não são incomuns no Nepal, lar de oito das 14 montanhas mais altas do mundo, incluindo o Everest, pois o clima pode mudar repentinamente, tornando as pistas de pouso nas montanhas perigosas.

No início de 2018, um voo da US-Bangla Airlines de Dhaka para Katmandu caiu no pouso e pegou fogo, matando 51 das 71 pessoas a bordo.

Fonte: CNN Brasil

Foto: Reuters