O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira (31) que, “se erros foram cometidos” no caso que levou à morte de Genivaldo de Jesus durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que esses erros sejam “apurados e punidos na forma da lei”.
Na semana passada, Genivaldo foi abordado por policiais em Umbaúba (SE) porque pilotava uma moto sem capacete e colocado no porta-malas de uma viatura. Os policiais, então, jogaram gás lacrimogêneo dentro do porta-malas. O laudo médico concluiu que Genivaldo morreu por asfixia.
Segundo um sobrinho de Genivaldo, o tio ficou nervoso após os policiais terem pegado os remédios dele. Genivaldo era aposentado por ter esquizofrenia.
“O presidente deixou clara ali a nossa visão: se erros foram cometidos, que sejam apurados e punidos na forma da lei. É assim que funciona”, declarou Mourão nesta terça.
O presidente Jair Bolsonaro, que costuma elogiar a atuação da PRF em seus discursos, afirmou na semana passada que iria se “inteirar” a respeito da morte de Genivaldo. Na ocasião, também disse que não se “admite” execuções.
“Uma coisa é execução. A outra, eu não sei o que aconteceu. A execução, ninguém admite ninguém executar ninguém. Mas não sei o que aconteceu para te dar uma resposta adequada”, disse Bolsonaro.
A Polícia Rodoviária Federal abriu um procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos policiais envolvidos, agora afastados das atividades.
Convocação do ministro da Justiça
A bancada do PT na Câmara nos Deputados já apresentou à Comissão de Trabalho um requerimento no qual cobra a convocação do ministro da Justiça, Anderson Torres, e o convite ao diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, para que eles expliquem o episódio.
No pedido, a bancada argumenta que Genivaldo foi submetido “ao sadismo dos agentes públicos, que covardemente aspergiram gás lacrimogênio e de pimenta no cubículo da referida viatura, tendo falecido instantes depois”.
Fonte: G1