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Secretário de instituto histórico diz que suspeito de furto foi filmado por câmeras: “Foi planejado”

Criminosos arrombaram porta dos fundos do instituto | Theo Chaves

Um crime contra o patrimônio de Alagoas. O museu do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IGGAL), situado na Rua do Sol, no Centro de Maceió, foi alvo de criminosos na madrugada desta segunda-feira, 09, e a equipe responsável pelo local ainda faz levantamentos para saber a dimensão do furto e do valor histórico dos objetos levados. O professor e historiador Álvaro Queiroz, secretário perpétuo do instituto, disse, em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara/Record TV, que acredita que o crime foi planejado. Ele afirmou também que as câmeras de segurança conseguiram captar a imagem de um dos indivíduos envolvidos no furto. As imagens serão cedidas à Polícia Civil para a investigação.

“Foi um roubo premeditado, calculado e planejado. As imagens mostram um dos assaltantes… A gente acredita que é uma quadrilha, pois não é apenas uma pessoa. Esse que aparece nas câmeras, com certeza, será identificado pela polícia. E, nós também acionamos a Polícia Federal, porque se trata de um crime contra patrimônio público federal, o patrimônio da nação”, destacou Queiroz.

“Foram roubados objetos que pertenceram ao exército brasileiro, na guerra do Paraguai, no século XIX. Levaram a espada de Marechal Deodoro e também a espada de Floriano Peixoto, que são dois heróis nacionais e dois alagoanos. Além de armas e outros itens, todos esses eram patrimônios da nação. Isso foi uma agressão ao patrimônio público brasileiro e, naturalmente, existem leis para isso e nós já entramos com um requerimento na Polícia Federal”, acrescentou o secretário.

Álvaro Queiroz também contou que aguarda a perícia da Polícia Civil, que deve ser realizada ainda nesta segunda. “O instituto é conhecido como a Casa de Alagoas, aqui está a memória e a história do povo alagoano”, destacou.

A equipe do museu segue empenhada em fazer a revisão em todas as prateleiras para levantar a quantidade de objetos levados.

O arrombamento e o furto – A reportagem do TNH1 apurou que os criminosos usaram uma barra de ferro para arrombar a porta dos fundos, pelo térreo. Eles conseguiram entrar também na sala da diretoria e subtraíram um computador. Os bandidos adentraram nessa área do prédio pela janela e deixaram marcas de sujeira nas paredes e no piso. Uma mochila rosa, que seria de um dos bandidos, foi deixada para trás.

Uma das pessoas que fazia o levantamento do que foi levado disse que aproximadamente 80 peças não foram encontradas no museu após a ação criminosa, a exemplo de espadas históricas, usadas em guerra. Medalhas de bronze, espadas e armas que pertenciam aos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, ex-presidentes da República, também foram furtadas.

Funcionários perceberam o crime – Uma funcionária que preferiu não ser identificada informou ao TNH1 que os trabalhadores perceberam o crime, que teria acontecido na madrugada, ao chegar para o expediente na manhã desta segunda-feira, 09.

A funcionária informou que o prédio conta com equipe de segurança e câmeras de monitoramento, cujo as imagens serão enviadas à polícia. Os alarmes teriam sido disparados depois da invasão.

Fonte: https://www.tnh1.com.br/