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Com Conselho rachado, cresce pressão para renúncia do presidente da Petrobras

A crise entre governo e Petrobras rachou o Conselho de Administração da estatal. As decisões que, até então, eram tomadas de forma mais uniforme, passaram a ter debates mais intensos e correntes divergentes. Uma dessas correntes já defende que José Mauro Coelho poderia ser destituído pelo colegiado caso não renunciasse — possibilidade levantada por dois conselheiros ouvidos pela CNN reservadamente.

A leitura dos membros do Conselho de Administração é que a sugestão de criar uma CPI foi uma arma muito pesada, que desequilibrou a guerra entre governo federal e Petrobras. Parte deles já reconhece o enfraquecimento de José Mauro Coelho dentro do grupo composto por onze pessoas. Fontes do conselho ouvidas pela reportagem fizeram duras críticas à ideia da CPI.

Para interlocutores de Coelho, a “pá de cal” no enfraquecimento do atual presidente foram os acenos de representantes dos acionistas minoritários ao governo federal. Ligações, declarações públicas e posicionamento em reuniões foram vistos como gestos de alinhamento.

Dos onze conselheiros, seis foram indicados pelo ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, o que inclui o próprio presidente José Mauro Coelho. Em declaração à analista Raquel Landim, o almirante rompeu o silêncio e disse que a Petrobras está “errando muito”.

Dois dos conselheiros demonstram mais fidelidade a Albuquerque: o também almirante Luiz Henrique Caroli e o geólogo Murilo Marroquim de Souza. Já o oficial da reserva da Marinha, Ruy Flaks Schneider, tem cobrado celeridade para agilizar a checagem de antecedentes de Caio Mario Paes de Andrade, o que o habilitaria para o cargo.

Fonte: CNN Brasil