O corpo da motorista de aplicativo Amanda Pereira, de 27 anos, encontrada morta no Benedito Bentes, após desaparecer em uma corrida de Rio Largo a Marechal Deodoro, foi velado e sepultado na tarde desta terça-feira (16), no Parque das Flores, na parte alta da capital alagoana.

O velório de Amanda reuniu familiares e amigos para dar o último adeus e prestar homenagens à jovem. O pai de Amanda, o policial Adail Pereira Santos, disse que a filha sempre quis a própria independência e nunca recusava corrida, pois era uma mulher de muita coragem.

“Ela tinha a gente como alicerce e anjos protetores dela. […] Passou aquela situação difícil, ela dizia bem assim: mainha, a senhora anda rezando por mim. Aí a mãe respondeu: minha filha, a todo instante eu rezo por você”, relatou o pai, emocionado.

O primo de Amanda, Fabrício Pereira, também motorista de aplicativo, informou que a família ainda tinha esperança de que a jovem estivesse viva quando fosse encontrada. Ele contou que a própria Amanda teria desconfiado dos passageiros, já que ela enviou sua localização em um grupo de mensagens e disse que estava em uma corrida de risco.

“No meio do percurso, um dos rapazes que estava olhando a corrida, questionou ela. Só que ela respondeu, mas não sei se foi ela. Ela respondeu informando que já estava tudo tranquilo, mas eu acredito que não foi ela. Provavelmente já tinham pegado o celular dela, até porque ela já tinha falado com o esposo antes do ocorrido”, disse.

LAUDO – MORTE POR ASFIXIA POR ESTRANGULAMENTO

A Polícia Científica do Estado de Alagoas informou que as perícias criminais no corpo de Amanda Pereira, e no seu veículo, foram concluídas na tarde desta terça-feira (16). Segundo o perito médico legista Luiz Mansur, do Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima (IML), a jovem morreu em decorrência de asfixia por estrangulamento.

De acordo com o perito médico legista, o corpo não apresentava evidência de abuso sexual. Foram colhidos vários vestígios como materiais biológicos para exames posteriores. Amanda foi encontrada morta em Maceió, horas após desaparecer durante uma corrida de transporte por aplicativo, entre as cidades de Rio Largo e Marechal Deodoro.

Pela manhã, os peritos criminais do Instituto de Criminalística examinaram o veículo modelo Volkswagen Voyage de placa KNS7A89, usado pela vítima antes de ser morta. A perícia no carro foi realizada na sede da Delegacia de Homicídios da Capital, onde o carro se encontra recolhido.

Conforme o andamento da perícia, foram encontrados fios de cabelos e algumas manchas que podem ser materiais biológicos. Os vestígios foram recolhidos e poderão ser usados em exames de confrontos genéticos para comprovação de autoria do crime.

A Polícia Científica informa que desde que foi acionada para o início das investigações está em constante troca de informações com a Polícia Civil para contribuir no esclarecimento do crime. Os laudos completos com todos os pareceres técnicos periciais serão concluídos e enviados para a delegacia responsável pelo caso.

Por: Redação ANH/AL.