As escolhas do presidente Jair Bolsonaro para as vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) mostraram a influência do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), junto ao mandatário do Palácio do Planalto, dizem integrantes do Judiciário.
Bolsonaro nomeou nesta segunda-feira (1º) os desembargadores Messod Azulay Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), e Paulo Sérgio Domingues, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).
A escolha de Domingues aconteceu após uma forte ofensiva contra o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), apoiado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo.
Nunes Marques tinha um veto explícito a Bello e, segundo relatos feitos à CNN, atuou com afinco para evitar a escolha do afilhado de Gilmar. A avaliação entre ministros é a de que, a partir de agora, o clima dentro do STF tende a se acirrar.
Autoridades que acompanhavam de perto as movimentações nos bastidores chegaram a dizer à CNN, em caráter reservado, que Nunes Marques “cruzou a linha vermelha” para evitar a indicação de Ney Bello. O ministro, no entanto, nega que tenha feito pressão.
Nos últimos dias, por exemplo, passou a circular no meio Jurídico e chegaram ao Planalto uma série de mensagens que seriam do desembargador, postadas nas redes sociais em 2018, com o que são consideradas críticas ao presidente.
Fonte: CNN