Um grande incêndio florestal que começou na noite de quinta-feira, entre as cidades turcas de Diyarbakir e Mardin, na zona rural próxima à fronteira com a Síria, se alastrou rapidamente por várias aldeias no sudeste da Turquia.

De acordo com o ministro da Saúde da Turquia, Fahrettin Koca, o número de vítimas fatais já alcançou 11 pessoas, com aproximadamente 78 feridos, alguns em estado grave e sob cuidados intensivos. Koca informou que sete equipes de emergência e 35 ambulâncias foram mobilizadas para os locais afetados.

Nos últimos dias, a temperatura na região ultrapassou os 40 graus Celsius, conforme relato do ministro do Interior turco, Ali Yerlikaya.

Moradores da aldeia de Koksalan, uma das áreas mais impactadas, também relataram a perda de pelo menos 500 cabras e ovelhas carbonizadas.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram um incêndio de grandes proporções e densas nuvens de fumaça. O ministro da Justiça da Turquia, Yilmaz Tunç, anunciou a abertura de um inquérito judicial para investigar as causas do incêndio.

Por sua vez, o partido pró-curdo DEM, terceira maior força no Parlamento turco, apelou às autoridades para mobilizar recursos aéreos. Segundo o partido, a resposta terrestre tem sido insuficiente e é urgente uma intervenção ampliada com apoio aéreo.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais indicam que os incêndios deste ano na Turquia já destruíram cerca de 13 mil hectares. Esses incêndios estão associados a fenômenos climáticos extremos e mudanças climáticas, que incluem aumento das temperaturas, ondas de calor mais intensas e diminuição das chuvas em certas regiões, criando condições favoráveis para o surgimento e propagação de incêndios em áreas com vegetação e solo extremamente secos.

Redação ANH