A decisão foi tomada após uma assembleia geral convocada pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), que ocorreu no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA).

Na reunião, a categoria aprovou o fim da paralisação com 963 votos a favor, 427 contra e 45 abstenções. A greve começou em 22 de abril e, no total, 435 professores participaram da votação. Conforme a Adufepe, com a decisão de encerrar a greve, os docentes retornaram a suas atividades no dia 3 de julho.

“Mas o calendário acadêmico pós-paralisação será estabelecido pela Adufepe em conjunto com a Reitoria da UFPE. Os professores definiram ainda que a data de retorno às aulas será 8 de julho”, afirmou a Adufepe em nota. Durante a votação, a presidenta da Adufepe, Teresa Lopes, destacou a participação ativa dos docentes na assembleia que definiu o fim da greve.

“Tivemos muitas conquistas, todas resultado da nossa mobilização. O governo reconheceu que nossas demandas eram justas. Agora, precisamos trabalhar para ajustar o calendário e evitar mais prejuízos. Precisamos nos reunir com a reitoria para definir como será a reposição das aulas. Temos um novo perfil de alunos, a maioria vinda das cotas, e isso precisa ser considerado”, enfatizou a dirigente sindical.

Segundo a Adufepe, mesmo sem reajuste salarial este ano, o Governo Federal anunciou um aumento de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026 para a categoria. “Apesar de a pauta do reajuste salarial não ter sido totalmente atendida, diversas outras demandas foram contempladas. Por exemplo, a recomposição do orçamento das universidades e a garantia de uma permanência de qualidade para os estudantes. A revogação da Portaria 983/2020, que aumentava a carga horária dos profissionais de ensino de institutos federais e colégios de aplicação, foi outra vitória da greve”, destacou a Adufepe em nota.

A entidade também mencionou outros ganhos, como aumentos em benefícios como auxílio-alimentação, saúde suplementar e creches, além das 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas. Também foi anunciado o PAC das Universidades, que destinará R$ 5,5 bilhões para a expansão e criação de novos campi em todo o Brasil, incluindo um em Sertânia.

Professores da UFRPE também decidiram encerrar a greve

No dia 19 deste mês, professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), do campus Recife, decidiram em assembleia encerrar a greve da categoria a partir do dia 1º de julho. A votação contou com 69 votos a favor do fim da paralisação, oito votos contrários e uma abstenção.

Redação ANH/PE