A piloto agrícola brasileira Juliana Turchetti, de 45 anos, perdeu a vida em um acidente aéreo na quarta-feira (10/5), durante uma operação de combate a incêndios florestais em Montana, Estados Unidos. Autoridades locais a homenagearam chamando-a de "heroína".

"Nossos socorristas e bombeiros florestais colocam suas vidas em risco para responder rapidamente às ameaças e proteger nossas comunidades. Correr em direção ao fogo é um ato de verdadeira bravura. Estamos em oração junto com todos os moradores de Montana e Idaho pela família e amigos da heroína que perdeu a vida neste trágico incidente", declararam os governadores de Montana e Idaho, Greg Gianforte e Brad Little, em uma nota conjunta. "Estamos profundamente entristecidos ao saber da morte da jovem bombeira florestal que tragicamente faleceu ao responder ao incêndio Horse Gulch em Helena, Montana", acrescentaram as autoridades em outro trecho da nota.

Juliana foi a primeira brasileira a pilotar nos EUA um avião turboélice e um modelo FireBoss, considerado o maior do mundo no segmento agrícola utilizado no combate a incêndios. Ela era natural de Contagem, na Grande Belo Horizonte (MG).

O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) informou que a brasileira morreu enquanto combatia um incêndio na Floresta Nacional de Helena, situada na cidade-sede do condado de Lewis e Clark, no centro-oeste do estado de Montana. O acidente aconteceu por volta do meio-dia no horário local (15 horas no Brasil) durante uma manobra de scooping com a aeronave FireBoss, que consiste em sobrevoar uma represa ou lago para captar água.

Testemunhas citadas pela imprensa norte-americana relataram que três AT-802 (FireBoss) estavam operando na área. As aeronaves, pertencentes a uma empresa que presta serviços ao Serviço Florestal dos Estados Unidos, estavam captando água no Hauser Lake, cerca de oito quilômetros a noroeste da represa, também localizada no Rio Missouri. O incêndio estava sendo combatido na região conhecida como Horse Gulch, próxima da represa.

"Juliana estava em segundo lugar no circuito de toque, corrida e decolagem, mas durante a manobra de scooping, o avião pareceu ter colidido com algo, despedaçando-se na água e afundando. As investigações sobre as causas do acidente estão agora sob a responsabilidade do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA", informou o Sindag.

Redação ANH