Com a desistência de Joe Biden na corrida para reeleição, o Partido Democrata ainda não definiu quem será o candidato que substituirá o presidente nas eleições de novembro. A vice-presidente Kamala Harris surge como a principal candidata a ser oficializada na convenção de agosto, pois, segundo ela revelou nesta segunda-feira (22), conta com o "apoio necessário" para ser nomeada.

Segundo uma análise estado por estado realizada pela CNN, Harris possui o número suficiente de delegados para se consolidar como a principal opositora de Donald Trump.

Pouco após a divulgação desta análise, Kamala expressou estar "orgulhosa" de ter "o amplo apoio necessário" dos delegados partidários e disse que espera "aceitar formalmente" a nomeação em breve. Para garantir a indicação do Partido Democrata, ela precisa do apoio de pelo menos 1.976 delegados, de um total de quase 4 mil, na votação oficial que ocorrerá durante a convenção do partido em 19 de agosto.

A potencial candidatura de Kamala traz otimismo para uma eleição que seria disputada por dois políticos de idade avançada e impopulares entre muitos eleitores. Sua equipe divulgou que ela arrecadou um recorde de US$ 81 milhões (R$ 450,3 milhões) em apenas 24 horas, provenientes de pequenos doadores.

Kamala ainda não anunciou uma data para a nomeação, nem revelou quem escolheria como seu companheiro de chapa. Caso os democratas não cheguem a um consenso, uma convenção aberta a outros candidatos pode ser realizada em Chicago.

A desistência de Biden afetou a campanha de Trump, forçando-o a revisar sua estratégia eleitoral, que era fortemente focada em apresentar o atual presidente como um homem senil e desajeitado. Esses argumentos podem ser contraproducentes se Trump enfrentar Kamala, que é quase 20 anos mais jovem.

Apesar do nervosismo perceptível, pesquisas recentes mostram Trump com uma leve vantagem sobre Harris, com 48% das intenções de voto contra 46%.

Redação ANH