Investigação apura morte fetal após gestante contrair febre oropouche no Ceará
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) está investigando a morte de um feto após a gestante ter sido diagnosticada com febre oropouche, uma doença viral transmitida por mosquitos. Esse caso levanta preocupações sobre a relação entre a infecção pela febre oropouche e possíveis complicações na gestação, incluindo o impacto direto sobre o feto. A informação foi divulgada pela secretária de Saúde do estado, Tânia Coelho, nesta segunda-feira (12), durante o seminário "Febre do Oropouche: como enfrentar a arbovirose no Ceará".
Conforme relatado por Tânia, o óbito ocorreu no último fim de semana. A gestante, de 40 anos, é moradora de Baturité e recebeu atendimento em Capistrano. A secretária destacou que 60% das doenças infecciosas humanas são zoonoses, transmitidas por animais como mosquitos, e enfatizou a necessidade de um plano de ação.
“Estamos enfrentando desafios com o Oropouche, que tem se manifestado de forma inesperada. O vírus, que migrou da Região Norte para o Nordeste, está apresentando mutações devido a fatores como desmatamento e alterações ambientais causadas por atividades humanas.”
A febre oropouche é causada pelo vírus oropouche, que é transmitido principalmente por mosquitos, como o **Culicoides paraensis**, mas também pode ser transmitido por outros vetores. Os sintomas da doença geralmente incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares, e, em alguns casos, manchas vermelhas na pele e conjuntivite. Embora a febre oropouche seja conhecida por causar surtos em várias regiões do Brasil, especialmente na região Norte, o impacto da doença em gestantes e fetos ainda não é amplamente compreendido.
No caso investigado no Ceará, a gestante apresentou sintomas da febre oropouche e, posteriormente, houve a morte do feto. A Sesa está conduzindo uma investigação detalhada para determinar se a febre oropouche foi a causa direta da morte fetal ou se houve outros fatores envolvidos.
Essa investigação é crucial para entender melhor os riscos associados à febre oropouche durante a gestação e para estabelecer protocolos de tratamento e prevenção para proteger gestantes e seus bebês. A vigilância em saúde e a conscientização da população são essenciais para prevenir a propagação de doenças transmitidas por mosquitos e mitigar seus impactos na saúde pública.
Conforme relatado por Tânia, o óbito ocorreu no último fim de semana. A gestante, de 40 anos, é moradora de Baturité e recebeu atendimento em Capistrano. A secretária destacou que 60% das doenças infecciosas humanas são zoonoses, transmitidas por animais como mosquitos, e enfatizou a necessidade de um plano de ação.
“Estamos enfrentando desafios com o Oropouche, que tem se manifestado de forma inesperada. O vírus, que migrou da Região Norte para o Nordeste, está apresentando mutações devido a fatores como desmatamento e alterações ambientais causadas por atividades humanas.”
O boletim epidemiológico mais recente da secretaria aponta que, em 2024, o Ceará registrou 122 casos de febre do Oropouche, incluindo quatro gestantes. A maioria dos casos foi identificada em seis municípios da região do Maciço do Baturité: Aratuba (32), Pacoti (29), Mulungu (26), Capistrano (12), Redenção (20) e Palmácia (3).
A secretaria também informou que a maioria dos casos confirmados está concentrada na zona rural dos municípios afetados. A febre do Oropouche ainda não é considerada endêmica no Ceará.
Redação ANH/CE
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