O atirador Edson Fernando Crippa, que feriu 12 pessoas e causou a morte de três delas nesta quarta-feira (23 de outubro) em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), apresenta um histórico de esquizofrenia, conforme informado pelo delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, durante uma coletiva de imprensa.

Crippa, que era colecionador e caçador desportivo (CAC), não tinha antecedentes criminais e possuía licença Sigma do Exército, com todas as armas registradas. O delegado destacou que estão sendo investigadas questões familiares que podem estar ligadas à esquizofrenia, tanto do atirador quanto de seu pai.

O ataque resultou em 12 feridos, incluindo sete policiais militares, um guarda municipal e quatro membros da família do atirador. Até o momento, as vítimas fatais incluem o atirador, seu pai Eugênio, de 74 anos, seu irmão Everton, de 49 anos, e um policial militar, identificado como Everton Kirsch Júnior, de 31 anos. A mãe de Edson, Cleris Crippa, de 70 anos, e sua cunhada Priscilla Martins, de 41 anos, também foram feridas, com a mãe em estado grave.

Edson Crippa havia feito seus pais reféns por volta das 23h na noite anterior e começou a disparar, resultando nas mortes e ferimentos. A Brigada Militar chegou ao local após receber denúncias de maus-tratos. O coronel Cláudio dos Santos Feoli informou que Crippa foi “neutralizado” pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

As autoridades estão avaliando a situação e garantem que poderiam ter ocorrido ainda mais feridos não fosse a ação rápida da polícia, que evacuou as residências vizinhas. As armas do atirador incluíam uma pistola Taurus PT111G2, um rifle calibre 22, uma espingarda calibre 12 e outra pistola de calibre .380.

Redação ANH/RS