O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (20), que o governo não consegue controlar os preços dos alimentos "do dia para a noite", mas garantiu que está tomando medidas para reduzir os custos dos produtos no Brasil. Em resposta a perguntas sobre os preços do ovo e do café, Lula destacou que o objetivo do governo é reduzir os preços de todos os alimentos.

Em entrevista à Rádio Tupi FM do Rio, Lula mencionou que o Brasil se tornou “quase um supermercado do mundo” e ressaltou que, embora os empresários estejam exportando seus produtos, isso não deve levar a um aumento dos preços internos.

Lula reconheceu que o preço do ovo está elevado, citando a informação de que uma caixa com 30 ovos está sendo vendida por R$ 40, o que ele considerou um valor absurdo. O presidente afirmou que o governo buscará se reunir com atacadistas para tentar reduzir o preço. Ele também explicou que, apesar da exportação de produtos em dólar, isso não justifica a elevação dos preços no mercado brasileiro. O mesmo se aplica a outros itens como óleo e carne, sendo que, segundo ele, os preços da carne começaram a cair e deverão continuar diminuindo, permitindo que o povo tenha acesso a cortes como picanha e costela.

Lula disse ter confiança de que os preços voltarão a um nível mais acessível para os brasileiros, com base no poder aquisitivo dos trabalhadores. Ele explicou que fatores climáticos adversos no ano passado, como chuvas, secas e queimadas, afetaram a produção de alimentos.

Além disso, o presidente mencionou que o Brasil passou por um período de condições climáticas extremas, com calor intenso, seca e chuvas excessivas, o que influenciou os preços. Citou ainda uma greve de gripe aviária nos Estados Unidos, que fez com que o país se tornasse importador de ovos brasileiros. Lula reforçou que, embora queira que os empresários continuem exportando, é importante que isso não prejudique o abastecimento interno.

Sobre a economia, Lula declarou que o Brasil crescerá 3,8% em 2024, contrariando as previsões de analistas financeiros, e afirmou que a inflação está "razoavelmente controlada". Ele também destacou que o país teve um déficit fiscal "quase zero" no ano anterior. O presidente previu que a economia continuará a crescer nos próximos anos e que esse crescimento será refletido em um aumento do salário mínimo para os trabalhadores.

Redação ANH/AL