A partir de sexta-feira (21), os reeducandos do Presídio do Agreste passam a contar com um serviço inovador de tele atendimento médico. A medida visa melhorar a qualidade e a eficiência dos cuidados de saúde dentro do sistema prisional, garantindo mais rapidez, segurança e eficácia no acompanhamento médico dos detentos.

No primeiro dia de funcionamento, um médico infectologista da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) realizou as primeiras tele consultas, com foco nos pacientes soropositivos da unidade, garantindo o acompanhamento especializado necessário.

“Essa inovação, resultado das melhorias na área da saúde promovidas pelo governador Paulo Dantas, tem como objetivo diminuir a necessidade de remoções externas dos internos para tratamentos médicos, proporcionando atendimento ágil e seguro. Além disso, o tele atendimento oferece suporte médico contínuo, fundamental para manter a saúde dos reeducandos, especialmente os com condições crônicas ou que necessitam de cuidados especializados”, explicou Alexmar Farias, chefe das unidades do Agreste.

O serviço faz parte das ações da Seris, que já disponibiliza telemedicina para outras unidades prisionais do estado.

“O modelo de atendimento no Agreste seguirá o mesmo fluxo das demais unidades, com a colaboração do hospital Beneficência Portuguesa e o Tele Nordeste, que oferece diversas especialidades médicas por meio de tele atendimento, facilitando o acesso à saúde para os reeducandos”, detalhou Natália Aquino, coordenadora das marcações de consulta.

O programa oferece especialidades como saúde LGBTQUIA+, geriatria, ginecologia, psiquiatria, entre outras. A implementação dessa tecnologia de tele consultas representa um avanço na assistência médica no sistema penitenciário, alinhando-se às políticas de humanização e otimização dos recursos públicos.

Essa iniciativa vai beneficiar um número significativo de reeducandos, proporcionando um atendimento mais integrado e acessível à saúde dentro do contexto prisional. A introdução do serviço de tele atendimento médico no Presídio do Agreste representa um marco importante na modernização do sistema de saúde dentro das unidades prisionais. Esse modelo de telemedicina tem como principal objetivo garantir o acesso contínuo a cuidados médicos de qualidade, sem a necessidade de deslocamentos frequentes dos detentos, o que pode ser tanto oneroso quanto arriscado para a segurança.

Além disso, o modelo reduz o risco de contágio de doenças em unidades prisionais, principalmente em tempos de pandemia ou surtos, ao evitar que os reeducandos precisem ser transportados para unidades de saúde externas, onde há maior concentração de pessoas. O tele atendimento permite que os médicos monitorem a saúde dos detentos de maneira eficiente e com um custo operacional mais baixo.

Redação ANH/AL