/PE: Polícia prende suspeitos de tráfico de drogas e por torturar pessoas para ‘demonstração de poder’
Foto: Polícia Civil/Divulgação

PE: Polícia prende suspeitos de tráfico de drogas e por torturar pessoas para ‘demonstração de poder’

A Operação Refúgio, deflagrada nesta sexta-feira (19) pela Polícia Civil, prendeu uma quadrilha de estar envolvida no tráfico de drogas em diversos pontos da Grande Recife. Segundo a polícia, os alvos também são suspeitos de cometerem torturas em pessoas para “demonstração de poder”. Mais de R$ 350 mil em entorpecentes foram apreendidos.

Foram cumpridos 18 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão, nos municípios de cidades de Araçoiaba, Camaragibe, Abreu e Lima e Itapissuma.

A polícia informou que o líder da quadrilha, por telefone, determinava que seus subordinados invadissem residências de comerciantes, e praticar tortura psicológica, colocando armas de fogo na cabeça de seus familiares. “Aos prantos, [eles] tinham que ceder valores ou objetos, com o intuito de angariar lucros, a volta daqueles valores perdidos durante a apreensão das drogas”, afirmou.

Quatro alvos da operação já se encontravam presos, dois no Presídio de Igarassu e outros dois no Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), na cidade de Abreu e Lima, e eram os responsáveis por comandar as ações criminosas.

Em coletiva à imprensa, o delegado Ubiratan Rocha afirmou que as investigações tiveram início ainda no mês de março e, em um primeiro momento, tratava-se somente de tráfico de drogas capitaneado de dentro do Presídio de Igarassu.

“Eles praticavam tráfico, tortura, ameaças e extorsões. Pessoas que cometeram ilícitos, que estavam praticando os crimes patrimoniais naquela área, eram torturadas com vistas a demonstrar poder do líder frente à comunidade”, confirmou o delegado.

O delegado continua, e explica que, em um segundo momento, depois das apreensões dos entorpecentes, outros alvos de tortura também apareceram.

“Num segundo momento, quando a gente começou a apreender as drogas dessa organização criminosa, [a tortura] começou a se estender para comerciantes, para pessoas da sociedade civil. O líder queria cooptar, auferir lucros que tinha perdido por causa dessas apreensões. Prejuízos de mais de R$ 350 mil só no primeiro momento”, completou.

Mais de 15 homicídios estão ligados ao bando. Sete mulheres estão entre os investigados da quadrilha.

Por: Redação ANH/PE.