/CAMINHÕES UCRANIANOS ENFRENTAM LONGAS FILAS PARA TRANSPORTAR GRÃOS AO PORTO FLUVIAL DO PAÍS

CAMINHÕES UCRANIANOS ENFRENTAM LONGAS FILAS PARA TRANSPORTAR GRÃOS AO PORTO FLUVIAL DO PAÍS

Milhares de caminhões paralisados na Ucrânia. Imagem: Agência Reuters.

Desde o início do conflito bélico que tem impactado a economia ucraniana, nunca houve tantos caminhões paralisados em longas filas para o abastecimento de grãos como a soja por exemplo, nos portos fluviais do país. Nas imagens, é possível ver uma longa fila, com mais de 50 quilômetros de veículos parados aguardando autorização para poder despejar suas cargas.

Segundo as autoridades locais, o principal ponto de carga e descarga localizado em Danúbio, está com o sistema saturado, devido ao bloqueio russo aos portos do Mar Negro em meio ao conflito bélico com a Ucrânia.

“Bem amanhã seria o meu segundo dia, geralmente leva três ou quatro dias agora para poder descarregar os produtos”, revelou o caminhoneiro Igor Skrypnyk.

Diversos caminhões parados nas longas filas, mostram placas de diversos países, entre eles a Polônia, a França e a República Tcheca.

Os motoristas revelam que existe muito medo e grande tensão durante os dias que permanecem paralisados na estrada próximo ao porto, devido ao ataque constante de mísseis por parte da Rússia.

Apesar do clima de tensão e instabilidade, a Ucrânia conseguiu exportar no primeiro semestre deste ano, 33 milhões de toneladas de grãos pelo Mar Negro, mas em 17 de julho, a Rússia se retirou do acordo que permitia a livre exportação de grãos e alimentos pelo Mar Negro. O portal ANH Notícias chegou a noticiar que os Estados Unidos foram até o Conselho de Segurança da ONU denunciar Moscou por estar praticando chantagem com aquilo que é mais sagrado para as vidas humanas, que é a alimentação.

Em meio a crise, Moscou começou a bombardear os galpões que guardam grãos produzidos na Ucrânia, e a atitude foi fortemente condenada pela comunidade internacional, pois segundo especialistas em guerra, o gesto é totalmente desumano e desnecessário nos dias atuais.

Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.