O conflito político instaurado no Níger, que é  um país da África Ocidental e que  

faz fronteira com a Argélia e Líbia ao norte, a leste com o Chade, a sul com a Nigéria e Benim e a oeste com Burquina Fasso e Mali, chegou ao nível mais crítico nesta quarta-feira 26 de julho, quando os militares disseram ter derrubado oficialmente em um comunicado à imprensa, o governo do presidente Mohamed Bazoum.

O coronel major Amadou Abdramane afirmou: 

“Neste dia, 26 de julho de 2023, nós da força de defesa e segurança, no âmbito do comitê nacional de salvação do povo, decidimos pôr fim ao regime que vocês conhecem. Segue a declaração feita tendo em conta a segurança e a fraca governança econômica e social. Reafirmamos o nosso compromisso de respeitar todos os compromissos assumidos pelo Níger. Asseguramos a comunidade nacional e internacional que a integridade física e moral das autoridades depostas será respeitada, de acordo com os princípios dos direitos humanos”. 

Os militares também informaram que todos os serviços públicos do país estão com as atividades suspensas e que as fronteiras terrestres e aéreas também permanecerão fechadas enquanto durar o período de adaptação do governo provisório.

O coronel também afirmou que até segunda ordem, existe um toque de recolher sempre às 22 horas. 

Na capital do país, Niamei, o clima de tensão tomou conta das ruas e dos cidadãos que não sabem ao certo o que está por vir com o advento do governo provisório. O chefe do estado maior foi preso desde o início da manhã desta quarta-feira, e o principal motivo para a tomada do poder, segundo os militares, é o avanço desenfreado do movimento jihadista que espalha medo e violência em todo o país, tendo como principal líder, o presidente deposto.

Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.