O timbre grave, a voz aveludada, e a marcante presença de palco de um dos nossos maiores cantores, foi interrompida pela saudade, no dia 20 de março de 2013, quando Emílio Santiago silenciou para sempre sua voz física, mas jamais calou a voz que fala profundo na alma e nos ouvidos de seus eternos fãs.

A vasta obra do cantor, que iniciou sua trajetória musical nos anos 1960, quando cantava em rodas de amigos, nos bares da Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, foi o pontapé que o levou para os palcos pelos próximos 45 anos. Ele terminou o curso de Direito e desejava ser diplomata, pois lhe causava muito incômodo ver que não existiam negros nos quadros do Itamaraty, mas foi nos palcos que Emílio se encontrou de corpo e alma.

E foi num concurso de música realizado pelos alunos do curso de Direito, que ele foi descoberto por ninguém menos que a eterna Beth Carvalho, que participou como jurada naquele festival. 

Participou de vários programas famosos na televisão brasileira, entre eles, Chacrinha e Flávio Cavalcanti, sempre obtendo grande êxito, chegando nas finais com muito louvor.

Iniciou sua trajetória musical em 1968 e seu  primeiro LP, foi lançado em 1975, pela CID, com canções de compositores já consagrados, entre eles, Ivan Lins, Gilberto Gil, João Gilberto, Jorge Ben e muitos outros.Seguiu uma carreira vitoriosa e sem escândalos, sempre muito reservado e educado, era visto no meio artístico como um grande cavalheiro. Seus maiores sucessos foram Saigon e Verdade Chinesa, seguida de várias outras que o consagraram.

Faleceu no dia 7 de março de 2013, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), aos 66 anos de idade, e 45 anos de carreira artística. O que Emílio mais amava fazer era cantar e alegrar as platéias que o consagraram.

Hoje, sem sombra de dúvidas, Emílio Santiago canta para uma constelação de estrelas. Viva Emílio Santiago, a sua memória e eterna voz.

Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.