A partir desta segunda-feira, 15 de maio, Israel volta a ter dias de paz após um acordo de cessar-fogo na faixa de Gaza. O comércio voltou a normalidade, após 5 dias com as portas fechadas, devido ao intenso conflito armado que tomou conta da região, assustando moradores e turistas. No confronto, 35 pessoas perderam a vida.

O órgão israelense que faz a fiscalização das atividades civis nos territórios palestinos, fez o anúncio da reabertura parcial e progressiva das passagens da fronteira, que permite o trânsito de pessoas e veículos entre Palestina e Israel.

O Kerem Shalom também foi reaberto, pois este é o principal corredor de comércio entre os dois países, servindo especialmente a faixa de Gaza, onde vivem cerca de 2,5 milhões de pessoas, em situação de grande pobreza. A região é controlada pelo Hamas, que é uma organização nacionalista e islamista que surgiu na Palestina, na década de 1980, e tem como foco a luta contra Israel.

Porém, a abertura completa da região, ainda não será possível devido às ameaças de novos confrontos. O Papa Francisco, durante uma missa realizada na praça de São Pedro, Vaticano, comentou sobre os confrontos vividos na região, expressando sua esperança de que o cessar-fogo seja mais duradouro, e que a paz possa reinar sobre todos os que vivem naquela região.

“Nos últimos dias assistimos a confrontos armados entre israelenses e palestinos, dos quais pessoas inocentes, incluindo mulheres e crianças perderam a vida. Espero que a trégua que acaba de ser alcançada se torne estável, que as armas se calem, porque a segurança e a estabilidade nunca serão alcançadas com armas. Mas pelo contrário, continuarão a destruir qualquer esperança de paz” – Papa Francisco.

Os confrontos se iniciaram na última terça-feira, 09 de maio, deixando cerca de 190 pessoas feridas e 34 mortos após os ataques dos grupos rebeldes contra Israel. Em Israel, uma mulher morreu na quinta-feira, 11 de maio, e 30 pessoas ficaram feridas.

A trégua foi negociada pelo Egito, que é o principal mediador nos conflitos entre Israel e Palestina. O país norte-africano, também espera por um cessar-fogo mais duradouro, de acordo com as autoridades.

Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.