/EKEDYS DE ALAGOAS: MUITO ALÉM DA RELIGIÃO, ELAS EMPREENDEM E TAMBÉM MOVIMENTAM A CULTURA AFRO NO ESTADO 

EKEDYS DE ALAGOAS: MUITO ALÉM DA RELIGIÃO, ELAS EMPREENDEM E TAMBÉM MOVIMENTAM A CULTURA AFRO NO ESTADO 

Grupo das Ekedys de Alagoas. Imagem: Undeke Alagoas, regional. Gentilmente cedida para esta reportagem.

A coordenação estadual Undeke Alagoas, tem muito do que se orgulhar de sua luta e trajetória em defesa das mulheres de religião de matriz africana, pois sua luta vai além das questões propriamente religiosas, graças ao trabalho social e de empreendedorismo desenvolvido pela regional. O grupo das Ekedys é tão organizado, que está presente em todo o Brasil com centenas de regionais sendo comandadas por mulheres guerreiras e batalhadoras.

De acordo com o site Mulheres de Luta, as ekedys são aquelas que têm a responsabilidade quando a chefe do terreiro está incorporada, então quem toma conta de tudo naquele momento é a ekedi, então ela tem muito poder.

A ekedy é aquela que cuida do orixá enquanto ele está incorporado, é aquela que toma conta, que dirige tudo, que toma direção de tudo, então ela tem que ser uma pessoa de extrema confiança. Cada uma tem o seu lugar específico. Tem aquela que cuida da cozinha e a cozinha na nossa cultura ocidental é um espaço menor, porque é um espaço feminino, então é considerada assim “ah, um espaço pequeno”, mas na tradição africana a cozinha é um espaço de muito poder, a cozinha é sagrada.

Em Maceió, por exemplo, o Portal ANH Notícias conversou com a direção regional do grupo, e ninguém melhor que elas próprias, para narrar um pouco do que são e do que representam para os povos de religião de matriz africana.

Marilene Santos diz:


“Sou Marlene Santos, Ekedy de Barú, coordenadora financeira da Coordenação Estadual Undeky Alagoas, e o nosso grupo ‘Ekedys de Alagoas’, é um grupo que trabalha em prol da mulher em vulnerabilidade na religião de matriz africana. Acolhemos e ajudamos, combatendo o preconceito racial e religioso, e em todas as formas que ele se apresenta”.

Ledyane Militão diz:



“Sou Ledyane, coordenadora de marketing Ekedy de Xangô, e venho aqui convidar a todas as Ekedys para fazer parte da coordenação estadual Undeky Alagoas. Venha você também fortalecer essa família do axé. Pois nosso grupo é formado por mulheres guerreiras determinadas e empreendedoras de matriz africana”.

Priscila Laranjeiras diz:

“Eu sou a Priscila, Ekedy de Iemanjá, também uma das coordenadoras, e convido a todas para se juntar ao nosso grupo. Não importa o axé ou a casa, apenas venha fortalecer o nosso grupo”.

Maria Monique diz:

“Oi Ekedys, meu nome é Monique, faço parte da coordenação estadual Undeky Alagoas,e estou aqui chamando vocês para participar do nosso grupo. Será um prazer, uma satisfação ter vocês conosco. Vamos juntas, nossas irmãs de adjá”.

Nadja Cabral diz:



“Eu sou Nadja Cabral, coordenadora geral das Ekedys de Alagoas, e juntas com a Undeky nacional, formamos esse grupo potente de mulheres fortes e unidas para o bem estar de todas nós”.

Você, mulher de axé, siga o exemplo das mulheres dirigentes do grupo das Ekedys de Alagoas, que não fazem distinção do seu axé ou da casa ao qual você participa. Para todas elas, o seu bem estar é o que importa, e é justamente no grupo, que você irá encontrar amparo e muita energia positiva para seguir adiante nas lidas internas que são inerentes a todas que se dedicam de corpo e alma ao sagrado Candomblé.

Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.

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