/CONHEÇA O TALENTO DA AFROEMPREENDEDORA TEREZA OLEGÁRIO, DONA DA OLEGÁRIO TURBANTES 

CONHEÇA O TALENTO DA AFROEMPREENDEDORA TEREZA OLEGÁRIO, DONA DA OLEGÁRIO TURBANTES 

Tereza Olegário, afroempreendedora especialista na confecção de turbantes e apaixonada por costura. Imagem: Arquivo pessoal, gentilmente cedida para esta reportagem.

Tereza Olegário, é uma afroempreendedora apaixonada por costura e especialista na confecção de turbantes. Para ela, que iniciou o seu negócio com o apoio  do seu marido, Jhonathan Ferreira, a esperança de ter seu trabalho reconhecido, está sempre viva dentro dela, que se dedica com muito carinho na arte que desenvolve. 

Tereza também realiza oficinas e workshops sobre como produzir turbantes, que vão além da identidade da mulher negra. Por exemplo, mulheres que sofrem com doenças crônicas, como queda de cabelo e gostam de usar o adereço, são muito bem vindas nas oficinas realizadas por ela. Teresa afirma que para usar um belo turbante, não existe preconceito de cor, raça ou gênero, isto é, basta querer usar, e se sentir bem. 

Tereza Olegário e sua marca Olegário Turbantes, expondo seus produtos em uma feira de empreendedores em Maceió. Imagem: Arquivo pessoal, gentilmente cedida para esta reportagem.

O Portal AN Notícias conversou com essa grande mulher, mãe do pequeno Nathan, e grande incentivadora das artes negras, que ousou empreender num país onde ter o seu próprio negócio, representa grandes riscos. 

ANH: Tereza, onde surgiu o seu interesse em trabalhar por exemplo, com a fabricação de turbantes, uma vez que esse é um nicho bastante específico?

Tereza: “O turbante aparece na minha vida através de uma necessidade pessoal, quando eu comecei a me envolver com a questão do movimento negro, pois até então eu não era envolvida. Quando eu comecei a me reconhecer como mulher negra, conhecer um pouco sobre a minha história, a minha ancestralidade, e deixei de alisar o meu cabelo, de colocar química no meu cabelo como muitas jovens acabam passando por isso, de não aceitar… de não se identificar com o cabelo crespo, então eu comecei a deixar o meu cabelo crescer, e em Maceió, eu não tinha essa referência da questão do turbante.

Então logo no início, o turbante era uma forma de esconder um pouco a questão da transição do cabelo já começando a crescer, numa tentativa de me esconder um pouco das pessoas”.

ANH: Nas redes sociais, especialmente em seu perfil no Instagram, a procura por seu curso de confecção de turbantes está relativamente alta. Como que as pessoas fazem para dpoder fazer o curso oferecido por você?

Tereza: “As oficinas são bastante procuradas quando nós nos aproximamos do mês de novembro, quando comemoramos o mês da consciência negra, especialmente por aqueles que sobem a Serra da Barriga em União dos Palmares, ou se apresentam artisticamente durante esse período.

Eu particularmente gostaria que a procura fosse feita com essa mesma intensidade o ano inteiro, para que as pessoas possam aprender mais sobre as suas origens e suas raízes, pois nas oficinas também focamos na questão histórica, que é fundamental.

Eu não cobro pela minha oficina, mas faço questão de levar outras peças confeccionadas por mim, pois eu também sou artesã, para vender nos locais. Isto ajuda a complementar a minha renda.

O Portal ANH notícias parabeniza a Tereza Olegário, por sua garra e coragem, desejando cada vez mais força e sucesso em sua jornada em defesa das artes negras.

Para conhecer um pouco mais sobre o belo trabalho desenvolvido por ela, acessem o perfil de sua loja no Instagram: @Olegário.turbantes, ou entre em contato pelo Whatsapp comercial: 82 988 769 440.

Perfil profissional da Olegário Turbantes no Instagram. Imagem: Print da tela autorizado pela proprietária, gentilmente cedida para esta reportagem.

Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.