Após as eleições primárias ocorridas na Argentina neste último domingo, 13 de agosto, em que mais de 35 milhões de pessoas saíram às ruas para votar, o peso argentino, moeda oficial do país, teve uma desvalorização devastadora, fechando o dia em 18,3%. O Banco de la Nación, revela que o preço do dólar, ficou em 365,5 pesos, diante de um fechamento de 298,5 pessoas na última sexta-feira, 11 de agosto, às vésperas da grande eleição.

Os títulos em dólares e as ações do país em Wall Street, caíram em média mais de 10% (dez por cento). O candidato de extrema direita Javier Milei,que teve 30% dos votos, sendo o mais votado das prévias, e que concorre sozinho dentro da sua coalizão, afirmou durante sua campanha, que é factível aplicar uma dolarização no país, apesar de na economia sobrarem pesos e faltarem dólares.

A desvalorização do Peso Argentino nesta segunda-feira, 14 de agosto, é a maior correção cambial em um único dia desde que Maurício Macri chegou ao poder em dezembro de 2015. O governo de Alberto Fernández e o Banco Central, estavam aplicando uma política de pequenas desvalorizações diárias, ainda que a correção mensal acumulada da taxa de câmbio oficial tenha aumentado de 8% para 12 % desde junho do corrente ano.

O país vizinho sofre com uma das maiores inflações do mundo, com taxas anuais que superam os 100% (cem por cento).

Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.