Atenção: Em respeito a identidade da vítima, mudamos o seu nome a seu próprio pedido.

Com o advento da internet, e a democratização das redes sociais, que nos dias atuais qualquer criança já nasce sabendo (literalmente falando é claro), tem despertado o que há de pior entre aqueles que usam de tudo quanto pode, para tentar enganar as pessoas. Sobretudo, pessoas de boa fé.

Dona Lindalva (mudamos seu nome a seu pedido), nos conta em detalhes como foi vítima do golpe do falso nude, e como isso impactou sua vida, abalando seu psicológico e fazendo com que ela se afastasse das redes sociais.

Lindalva, tem 34 anos de idade, é bacharel em pedagogia, e professora da rede particular de ensino no Rio de Janeiro. Uma mulher vaidosa, e que adora conversar sobre diversos assuntos.

ANH: Lindalva, como foi que você caiu nesse golpe?

Lindalva: “Me ligaram por chamada de vídeo, com o nome de uma empresa de telefonia. Eu achei estranho, mas como estávamos em plena pandemia do Covid-19, com tudo parado, eu pensei que deveria ser o novo normal das empresas. Daí eu atendi a chamada e no outro lado apareceu um homem com o rosto coberto por uma máscara. Ele estava com o pênis ereto. Eu imediatamente desliguei a chamada e bloqueei o número. Minutos depois, recebi uma  nova mensagem de whatsapp, de um outro número que não estava na minha agenda.

Eu nem ia abrir, mas na mensagem aparecia a minha foto, e a imagem do rapaz congelada, dizendo que eles haviam gravado a tela, e que iriam espalhar as imagens por todos os lugares.

Nesse instante meu coração gelou. Não sabia o que fazer.

ANH: Eles pediram dinheiro. Se sim, qual a quantia?

Lindalva: “Sim, bastante. Começaram a falar para mim fazer um depósito de 5 mil reais, ou então iriam espalhar para todos os meus contatos. E disseram que sabiam que eu era casada e iriam mandar para meu marido.

Foi nesse momento que eu vi que estava caindo em um golpe, pois eu nunca fui casada (risos…) eu na época estava solteira”.

ANH: Qual  a sua atitude diante dessa situação?

Lindalva: “Liguei para meu irmão que é advogado e ele me disse para bloquear o número. Só que antes, deveria printar as telas, e levar na delegacia de crimes virtuais. Prestei queixa, e fui para casa arrasada pois nunca na vida eu havia passado por algo assim”.

ANH: Como ficou seu psicológico após o episódio, e como você superou?

Lindalva: “Olha, isso que aconteceu comigo serviu de lição. Nunca mais atendi ligações que não estejam na minha lista de contato. Não façam isso pelo amor de Deus gente (risos…) pois vocês poderão por algo até pior do que eu passei.

Enquanto superação do que me aconteceu, eu confesso que jamais esqueci e sempre desconfio de tudo que está nas redes sociais. Hoje, não quero mais saber de nenhuma rede. Apenas mexo no whatsapp, para falar com meus familiares e amigos mais próximos. De resto, eu não quero mais não”.

O caso de Lindalva, não é diferente do que passa muitos homens e mulheres que por inocência, atende ligação de número desconhecido. Mas, a própria entrevistada deu dicas indispensáveis para o nosso dia a dia. Ter uma agenda com o número de familiares e amigos mais próximos, evitará que você se confunda na hora de atender as ligações, principalmente ligações por videochamada.

Segundo dados da segurança pública, esse tipo de crime vem acontecendo com bastante frequência em nosso país, e ao menor sinal de que você está sendo vítima de qualquer tipo de chantagem, tire fotos, grave áudios ou vídeos, e vá a uma delegacia de polícia.

Gabriel Maia, ANH/Redação.