/Ministério Público do Trabalho da Bahia tem 11 casos registrados de assédio eleitoral
Foto: Divulgação

Ministério Público do Trabalho da Bahia tem 11 casos registrados de assédio eleitoral

O Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) registrou 11 casos de assédio eleitoral neste ano. A prática funciona quando o patrão obriga o funcionário a votar ou comprovar o voto no candidato indicado por ele [empregador].

De acordo com o MPT, dos 11 casos, 3 foram registrados ainda no primeiro turno, e oito, no segundo. Inclusive, um desses casos é referente ao empresário do agronegócio, Adelar Eloi Lutz, que orientou a funcionárias a ‘esconderem’ o celular no sutiã para registrar o voto na urna e comprovar, posteriormente, que votaram segundo sua imposição.

Empresário teve áudios vazados onde supostamente orienta suas funcionárias a esconderem o celular no sutiã para registrar o voto | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Conforme o procurador-geral do trabalho, José Lima Ramos, o empresário será notificado a comparecer no MPT para prestar esclarecimento sobre o ocorrido. Em sua defesa, Lutz afirmou se tratar apenas de uma “brincadeira”.

“Empresários, empresas e patrões não podem utilizar dessas coações para forçar um voto ou a declaração desse voto. Isso é um assédio eleitoral que precisa ser combatido e infelizmente situações como essa estão acontecendo em um volume muito alto no Brasil”, afirmou o procurador-geral.

José Lima Ramos explicou que após o assédio eleitoral ser constatado, o patrão pode ser obrigado a indenizar por dano moral coletivo à sociedade. Essa indenização pode ser vertida em campanhas ou doações para um hospital, por exemplo.

O empregador também pode ter que realizar ações individuais com cada trabalhador envolvido no caso.

Por: Redação ANH/BA.