/EXCLUSIVO: ANH CONVERSA COM UM CADEIRANTE, QUE REVELA PRECONCEITOS E DESAFIOS NA HORA DE SE LOCOMOVER

EXCLUSIVO: ANH CONVERSA COM UM CADEIRANTE, QUE REVELA PRECONCEITOS E DESAFIOS NA HORA DE SE LOCOMOVER

ACESSIBILIDADE

Pedro Fernandes, ator e assistente social. Foto: Maridcrocha.

Pedro Fernandes é ator de formação e bacharel em serviço social, e uma de suas grandes lutas, é ir de encontro aos obstáculos que impedem a passagem das pessoas com deficiência. Sobretudo os cadeirantes, que encontram esses obstáculos em locais que, por lei, deveriam estar preparados para receber uma pessoa numa cadeira de rodas. Pedro tem paralisia cerebral, com cognitivo preservado.

Este é o caso de alguns órgãos públicos, que mesmo após a promulgação da Lei Nº 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

ANH: Pedro, como funciona na prática, a questão da acessibilidade para você, e também os demais cadeirantes?

Pedro: “A acessibilidade vai além de uma rampa. Ela vai além de um espaço físico. No meu trabalho, eu luto e me empenho para ver uma sociedade mais inclusiva. É importante lembrar que a gente tem uma legislação que defende os nossos direitos, que é a LBI (Lei Brasileira de Inclusão), que foi feita e aprovada em 2004, logo após aquela feita no ano 2000, que foi a porta de entrada para os nossos direitos”.

ANH: Como você observa a LBI no seu dia a dia?

Pedro: “Essa Lei precisa ser colocada em prática, pois ela obriga os espaços públicos e privados a fornecer acessibilidade tanto no nível cultural, quanto no nível da saúde, da educação. Fica aqui registrado o meu apelo para que você dono de estabelecimento de grande, médio ou pequeno porte, se adeque a esta Lei, pois essa Lei veio para me reconhecer como indivíduo. Um indivíduo que tem necessidades, desejos, sonhos. E nós não estamos pedindo nenhum favor, é um direito assegurado pela Lei”.

Cadeirante. Foto: Dr. Mecânico

Pedro ainda afirma que a questão da luta pela acessibilidade deve ser uma luta de todos. E o ANH Notícias, reafirmando o seu compromisso com o social e a igualdade, reforça o pedido do nosso entrevistado, para que as autoridades públicas olhem ainda mais pelas pessoas com deficiência, para que possamos ter um país mais justo, fraterno e humanizado.

Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.