/COVID 19 E SEUS DESAFIOS PARA OS ALUNOS EM ATRASO NA EDUCAÇÃO BÁSICA, EM RELAÇÃO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS

COVID 19 E SEUS DESAFIOS PARA OS ALUNOS EM ATRASO NA EDUCAÇÃO BÁSICA, EM RELAÇÃO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS

Alunos saindo de escola na Estrutural, no Distrito Federal – Foto: Marcelo Camargo, Agencia Brasil (EBC).

Não é novidade para ninguém que a crise sanitária provocada pela pandemia do Covid-19, que infelizmente ainda não acabou, fez um grande estrago não somente no campo social e financeiro, mas também no campo educacional. Sobretudo no que diz respeito aos estudantes de escolas públicas, que sofreram muito durante o momento mais agudo da crise, e que ainda hoje, mesmo após quase 3 anos, ainda sofrem bastante com a falta de equipamentos tecnológicos que possam complementar os seus estudos.

O MEC (Ministério da Educação), bem que tentou ofertar aos alunos da rede pública, equipamentos eletrônicos para que pudessem assistir às aulas no formato remoto. Mas, essa ação do Ministério esbarrou em outro grave problema, que podemos classificar como uma falta de estrutura física adequada para que esses estudantes pudessem de fato conduzir o semestre letivo.

A pedagoga Clara Rianelle, conversou com o ANH e detalhou um pouco da sua vivência não somente no momento mais agudo da pandemia, bem como da crise que afeta esses estudantes até hoje.

Gabriel Maia – ANH: Clara, qual a maior necessidade dos alunos da rede pública na atualidade, haja visto que nem todos ainda conseguiram concluir seus estudos?

Clara: “A necessidade mais urgente dos alunos menos favorecidos, que vivem em situação de vulnerabilidade, é de se adequar às novas tecnologias, que já era uma tendência antes da pandemia de covid-19, e que após a sua chegada ao nosso país, acabou acelerando em ritmo frenético esse novo sistema que foi um grande aliado da educação em nosso país”.

Gabriel Maia – ANH: Esse processo de adequação, é uma tarefa fácil ou difícil sob o ponto de vista educacional?

Clara: “Nada difícil, pelo contrário. Coloque um tablet ou celular na mão de uma criança de 3 anos de idade, que ela dará aula para os adultos menos entrosados com tamanha tecnologia. Pode ter certeza que essa parte é fácil, o difícil é ofertar por exemplo uma qualidade de excelência para estes jovens. Por exemplo, não adianta ofertar apenas o aparelho, se o aluno não tem uma boa internet que possa acessar o conteúdo das aulas”.

Gabriel Maia – ANH: Então esse modelo de interação virtual chegou para ficar?

Clara: “Sim! A tecnologia será a grande aliada dos professores nas salas de aula, e não adianta achar que não. Através da interação tecnológica, isto é, com conteúdo revisado e de qualidade, poderemos sim ofertar um novo modelo de aprendizado que seja benéfico para todos os alunos, seja da rede pública ou privada”.

Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.