Arte e Cultura – História do Samba em Maceió
Desde 1950, quando a escola de samba Circulista, do bairro da Ponta Grossa, fez seu primeiro desfile pelas ruas do centro de Maceió, que até meados da década de 1970, realizava o concurso das escolas de samba no centro da cidade, os desfiles das escolas de samba tornaram-se uma tradição a mais no caldo cultural que ferve na capital alagoana.
E era justamente na rua do comércio, que o palco para os sambistas da capital alagoana era montado todos os anos.
No meio da rua, existia uma rampa, onde a escola subia, e arrancava aplausos de todos os espectadores do grande evento. No início dos anos 1990, os desfiles mudaram de endereço e passou a ser realizado na orla da Pajuçara. Desde então, as agremiações sempre buscaram o seu espaço junto ao poder público, esperando um incentivo cultural melhor, que pode variar de gestão para gestão. Há prefeitos que dão mais importância à cultura do samba, e outros menos.
Em Maceió, a mais antiga escola em atividade, é a Unidos do Poço, do mesmo bairro que leva o seu nome em sua bandeira. Sob as cores azul e branco, ela foi fundada no ano de 1955. Na sequência temos a Jangadeiros Alagoano, sobre as cores Verde e Branco, fundada em 1972, com sede na rua Jangadeiros Alagoano, na Pajuçara.
Muitas agremiações nasceram, e muitas morreram pelo caminho da vida, entre elas, a Nação Imperial, do bairro do poço, que em sua breve passagem pelo carnaval maceioense, conseguiu um título de campeã em disputa acirrada com as co-irmãs Treze de Maio (jacintinho) Unidos do Poço (Poço), Girassol (Vergel do Lago), Arco Íris (Jacintinho) e Jangadeiros Alagoano (Pajuçara). A mais conhecida na atualidade, a Gaviões da Pajuçara, ainda não havia sido fundada. Entre as que sucumbiram, citamos a Garotos do Prado (Prado), a Cacique do Samba (Prado), a Mocidade Independente de Ponta Grossa (Ponta Grossa) e Acadêmicos da Mocidade (Ponta Grossa).
Hoje, após 73 anos de muitas conquistas, lutas e lágrimas, o pessoal do samba em Maceió, prova que o samba é uma cultura nacional, passível de modificações regionais, seguindo sempre o modelo do Rio de Janeiro, que é considerado como a “Carta Magna ou Constituição do Samba” devido a sua importância e extrema relevância não apenas para as escolas de samba de Maceió, mas de todo o Brasil.
Se você não conhece de perto as escolas de samba de Maceió, visite o barracão de uma dessas escolas, e veja como esse pessoal trabalha desde cedo para poder fazer um belo desfile na orla de Pajuçara.
Por: Gabriel Maia, ANH/Redação
