/ENFERMEIRA NEGA PARTICIPAÇÃO EM ESQUEMA DE FRAUDE EM CARTÃO DE VACINAÇÃO DE GABRIELA CID, ESPOSA DO EX-AJUDANTE DE ORDENS DE BOLSONARO

ENFERMEIRA NEGA PARTICIPAÇÃO EM ESQUEMA DE FRAUDE EM CARTÃO DE VACINAÇÃO DE GABRIELA CID, ESPOSA DO EX-AJUDANTE DE ORDENS DE BOLSONARO

Enfermeira Dzirrê de Almeida Gonçalves. Imagem: Divulgação.

A enfermeira Dzirrê de Almeida Gonçalves , negou que tenha participado do esquema que fraudou o cartão de vacinação de Gabriela Cid, mulher de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ela disse que não foi ouvida pela PF, e que soube que seu nome estava envolvido no esquema pela imprensa. No caso em tela, o nome da enfermeira aparece como a profissional que vacinou Gabriela Cid, esposa do tenente-coronel Mauro Cid.

A profissional da saúde afirma que foi pressionada pelo médico Farley de Alcântara, a entregar para ele, um cartão de vacinação em branco, no dia 26 de novembro de 2021.

Em uma conversa de aplicativo de mensagem, divulgado pela CNN Brasil, o médico pede à enfermeira que lhe entregue um cartão em branco, sem lhe explicar o motivo para tal pedido. A enfermeira ainda afirma que não havia mais comprovantes de vacinação no posto em que trabalhava à época.

Conversa em aplicativo de mensagens, revelam o pedido do médico. Imagem: CNN Brasil.

A enfermeira diz que sentiu um baque enorme ao saber que seu nome estava envolvido em algo desse nível:

“Foi um baque enorme para mim, quando eu vi que meu nome tava lá, porque eu prezo pelo meu nome. Eu não vacinei essa pessoa (Gabriela Cid), essa pessoa nem foi vacinada aqui na cidade”.

Como é de conhecimento de todos, Mauro Cid é apontado pela PF como o responsável direto pelo esquema de adulteração dos cartões de vacinação de vários aliados do ex-presidente Bolsonaro, incluindo o próprio presidente, que usou um cartão adulterado para entrar nos Estados Unidos em dezembro de 2022.

A questão que se coloca, não é o fato do ex-presidente ter se vacinado ou não, mas sim, a adulteração do sistema de saúde e mentir para entrar em outro país, infringindo suas leis de imigração, que qualquer pessoa, incluindo chefes ou ex-chefes de Estado, estão sujeitos.

Mauro Cid e outros envolvidos no esquema continuam presos preventivamente, a pedido da Polícia Federal, e pelo que consta, ainda pesa diversas conversas sobre a tentativa de um golpe de estado que também envolve o ex-ajudante de ordens.

Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.