Neste domingo, 11, o Papa Francisco canonizou a primeira santa argentina, Maria Antônia de Paz y Figueroa, conhecida como “Mama Antula”. A cerimônia, realizada na Basílica de São Pedro, contou com a presença do presidente argentino, Javier Milei, que foi saudado com um abraço pelo pontífice ao término do evento.

Milei ocupava um assento na primeira fileira da basílica e teve uma breve troca de palavras com o papa durante o cumprimento. O presidente argentino e Francisco têm uma audiência privada agendada para esta segunda-feira, 12.

A comitiva de Milei incluiu a secretária-geral da Argentina (sua irmã), Karina Milei, o ministro do Interior, Guillermo Francos, a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, e a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino. O prefeito de Buenos Aires, Jorge Macri, também esteve presente na cerimônia.

Durante a corrida à Casa Rosada, Milei gerou polêmica ao chamar o papa de “representante do maligno” e “imbecil”, acusando-o de ter “afinidade com comunistas assassinos” e de violar os Dez Mandamentos ao defender a “justiça social”. No entanto, após a eleição, Milei buscou reconciliação, conversando com Francisco por telefone e recebendo votos de “sabedoria e coragem”.

Em uma entrevista ao jornal italiano La Stampa, Francisco revelou que não se sentiu ofendido pelas declarações de Milei, destacando que as palavras na campanha eleitoral são passageiras. O pontífice afirmou estar pronto para iniciar um diálogo com o presidente argentino.

Quanto à possibilidade de uma viagem a Buenos Aires, Francisco considerou-a uma “hipótese”, ressaltando que a organização da visita ainda não começou. Até o momento, o pontífice tem compromissos agendados na Bélgica, Indonésia, Timor-Leste e Papua Nova Guiné. Em entrevista anterior, o papa expressou o desejo de encontrar o novo presidente argentino, mesmo diante de polêmicas recentes, como a permissão de bênçãos a casais LGBTQIA+.

Redação ANH