Vamos correr? Segundo os médicos, essa modalidade esportiva é uma das mais completas que existem, pois fortalece os músculos, e ajuda na circulação do sangue, evitando problemas de saúde como infarto do miocárdio, tromboses, entre outras patologias. E quando a corrida, também conhecida pelo nome em inglês (Running), é exercida de modo profissional, os atletas alagoanos nos enchem de orgulho.
Ao longo dos anos, diversos atletas ganharam medalhas representando o estado de Alagoas, em olimpíadas ou em eventos específicos da modalidade. E o ANH Notícias entrevistou o corredor atleta Junior Silva, que nos revelou um pouco de sua paixão pelo esporte, e também as dificuldades que ele encontra pelo caminho.
ANH: Junior, quando começou a sua paixão pelo esporte, especialmente a corrida?
Junior Silva: “A minha paixão pelo esporte começou ainda na escola, no ano de 2005, através de um projeto chamado “Maratoninha Caixa”, que foi um projeto de incentivo ao atletismo para o fundamental e o ensino médio, e eu ganhei uma medalha. A premiação era uma bicicleta, e eu ganhei (risos). Daí eu comecei a pegar mais amor pelo esporte.
Eu também jogava voleibol, que é o meu segundo esporte favorito. Mas, foi na corrida que eu me encontrei.
O tempo foi passando e eu evoluindo, até que um dia, um amigo meu me convidou para participar de uma corrida de rua, e eu encarei o desafio. Na ocasião fiquei em primeiro lugar, e acabei me destacando na faixa etária em que eu competia.
A partir desse momento eu fui treinando cada vez mais, e ele sempre me incentivando, até que um dia eu comecei a pegar pódio geral nas corridas, e hoje sou um profissional da corrida de rua, com muito orgulho”.
ANH: Junior, qual ou quais as maiores dificuldades encontrada pelos corredores de rua, no estado de Alagoas.
Junior Silva: “A primeira grande dificuldade encontrada por nós, os atletas profissionais, é o patrocínio. Nenhum atleta corredor de rua tem uma Bolsa Atleta em nosso estado, o que seria uma ajuda e incentivo muito grande. Em Pernambuco, por exemplo, existe o Bolsa Atleta que contempla as categorias masculina e feminina.
Outra grande dificuldade é encontrar apoio da secretaria de esportes, que eu nem sei se realmente existe, pois infelizmente o órgão também não nos dá esse apoio. Eles só ajudam aos corredores de pista, que é diferente da corrida de rua. Ah, a corrida de pista é aquela modalidade que o atleta corre 100 metros, 200 metros e etc… E para nós que corremos na rua, que é uma modalidade tão respeitada quanto a outra, não encontramos o mesmo incentivo.
ANH: E como você consegue apoio financeiro para correr?
Junior Silva: “Meu patrocínio vem da minha família e de alguns amigos. Tenho um primo que tem uma gráfica e sempre que pode, ele me ajuda. Também tenho a ajuda do pessoal do ‘Clube LGBT Cariocas’ do Rio de Janeiro, a “Atlhetica” loja de suplementos, além do um nutricionista e fisioterapeuta.
Além disso, nós sentimos uma certa dificuldade na segurança das pistas de treinamento. A vila olímpica do Village, está abandonada, pois na pista da UFAL, por exemplo, só pode treinar quem é aluno da universidade.
Junior conclui dizendo que houve muita pressão por parte dos atletas, para que a pista de treinamentos da vila olímpica do bairro Village, seja revitalizada, pois está abandonada há alguns anos. E segundo o atleta, uma promessa de revitalização dentro dos próximos três meses, foi anunciada pelo poder público.
Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.
