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Kel Ferreti é expulso da PM por crimes eleitorais cometidos no pleito de 2022

O policial militar Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti, foi expulso da corporação. A decisão, assinada pelo comandante geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Paulo Amorim, foi publicada no Boletim Geral Ostensivo (BGO) da PM-AL nessa segunda-feira, 11.

A conclusão traz como justificativa os crimes eleitorais cometidos por Ferreti, durante o pleito de 2022, que, como consta no BGO, “afetam a honra pessoal, o pundonor policial militar e o decoro da classe”.

Foto: Reprodução / Redes sociais

À época, no primeiro turno das eleições estaduais e presidenciais, o agora ex-PM divulgou um vídeo no qual mostrava a urna eletrônica, fazendo a divulgação de seus votos para governador e presidente da República. “Votar para o futuro do Brasil, Collor, cara bonito da p****. Nosso presidente cream cheese, bora capitão, te amo”, narrou o policial ao apertar na tecla ‘confirma’.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é proibido ao eleitor fazer qualquer registro do voto na urna. Isso está vedado pelo artigo 91-A da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições). É expressamente proibido que o cidadão leve celular, máquina fotográfica ou filmadora para a cabine de votação. Segundo o TSE, os mesários, inclusive, podem reter esses objetos enquanto o eleitor estiver na urna.

Em seu perfil oficial no Instagram, Ferreti desdenhou da cobertura jornalística do fato, dizendo que era “mais perseguido que o Bolsonaro”. “Meus advogados me instruíram a não falar nada. Acordei com essa bomba, uma coisa totalmente ilegal”, afirmou em um story.

A advogada do ex-PM, Nívea Rocha, esclareceu que Kel já estava afastado da corporação há mais de cinco anos, por conta da Síndrome de Burnout, que teria sido desencadeada durante a ostensividade da polícia. Ela reiterou que a exclusão teria sido fora da legalidade.

Por: ANH/AL