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Dois detentos escapam de penitenciária de alta segurança em Mossoró

Dois detentos evadem-se da Penitenciária Federal de Mossoró, no Oeste do Rio Grande do Norte, marcando a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, composto por cinco presídios de alta segurança.

Os fugitivos são identificados como Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”. Ambos originários do Acre, estavam detidos na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023.

Associados ao Comando Vermelho, facção vinculada a Fernandinho Beira-Mar, também recluso na mesma unidade, foram transferidos para o presídio federal de Mossoró após participarem de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte recebeu solicitação de apoio para a recaptura, confirmando que o apoio está em andamento. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte colabora nas operações de busca. A Polícia Federal foi acionada para participar da operação de recaptura e conduzir a investigação sobre as responsabilidades no incidente.

A Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) não confirmou oficialmente a fuga até o momento desta atualização. O Sistema Penitenciário Federal é conhecido por sua disciplina e procedimentos rigorosos desde sua criação, sem histórico de fugas, rebeliões ou entrada de materiais ilícitos, aplicando fielmente a Lei de Execuções Penais.

Criado para combater o crime organizado, isolar líderes criminosos e detentos de alta periculosidade, o sistema federal possui presídios em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF). Embora seja a primeira fuga no presídio federal, o estado do Rio Grande do Norte enfrentou problemas nos presídios estaduais, notavelmente com o Massacre de Alcaçuz em 2017 e uma onda de ataques em março de 2023, orquestrada por uma facção criminosa em protesto contra a suspensão de “regalias” aos detentos.

Redação ANH/RN