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Chanceler de Israel ridiculariza Lula por equívocos acerca do número de mortes em Gaza

O chanceler de Israel, Israel Katz, dirigiu novos ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (5/4). Em sua conta no Twitter, ele ironizou um equívoco do brasileiro ao afirmar que 12,3 milhões de crianças morreram na Faixa de Gaza. Na verdade, os ataques na região resultaram na morte de 30 mil pessoas, incluindo 12,4 mil crianças.

“Deveria haver uma lei que exigisse que qualquer pessoa que queira se tornar presidente aprendesse a contar”, escreveu o ministro israelense. Desde o início do conflito, mais de 30 mil pessoas foram mortas em Gaza, sendo 12,4 mil delas crianças. Katz já havia lançado outros ataques nas redes sociais contra Lula, o que levou à retirada do embaixador brasileiro de Israel, e o presidente foi declarado persona non grata no país.

Na quarta-feira (3), durante um discurso na 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o líder petista pediu aos presentes que levantassem as mãos em homenagem às crianças órfãs no Brasil devido à pandemia de covid-19. Ele também mencionou as mortes entre os palestinos, mas errou o número.

“São as crianças que, no Brasil, morrem de desnutrição porque ainda não recebem as calorias e as proteínas necessárias. Mas, sobretudo, é uma homenagem às quase 12,3 milhões de crianças que morreram na Faixa de Gaza, bombardeadas em uma guerra insana contra a humanidade”, declarou o presidente.

O ataque do ministro israelense ocorre em um momento em que seu governo enfrenta fortes críticas pelo ataque que matou sete trabalhadores humanitários, incluindo seis estrangeiros, no início da semana. Israel afirma que o comboio humanitário foi atacado por engano.

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, declararam que só continuarão sua ajuda caso Israel tome medidas para proteger a vida de civis. Por outro lado, o Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores, criticou o ataque e a destruição do Hospital Al-Shifa, o maior de Gaza, pelas forças israelenses. O governo brasileiro também destacou que mais de 200 trabalhadores humanitários já morreram no conflito, representando o maior número da história dentro de um período de um ano de guerra.

 (Crédito: AHMAD GHARABLI/AFP)

Redação ANH/DF