Empresários bolsonaristas que supostamente defenderam um golpe caso o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) ganhe as eleições deste ano, foram alvos de operação da Polícia Federal. Ação aconteceu na manhã desta terça-feira (23), sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão nos endereços dos envolvidos. A operação foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Os alvos da operação foram os empresários Luciano Hang, da Havan, Marco Aurélio Raimundo, da Mormai, Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nirgri, da Tecnisa, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3.

Os mandados foram cumpridos em cinco estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

Moraes também determinou o bloqueio das contas bancárias dos empresários; bloqueios das contas dos empresários nas redes sociais; tomada de depoimentos e quebra de sigilo.

Os apoiadores do atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), segundo as mensagens reveladas pelo site ‘Metrópoles’, passaram a defender um golpe de estado caso o ex-presidente Lula ganhe as eleições.

Ao Grupo Globo, o advogado Daniel Maia, que defende os interesses de seu cliente, o empresário Afrânio Barreira, disse que a operação “fruto de perseguição política e denúncias falsas, as quais não têm nenhum fundamento”. E constatou que seu cliente está “absolutamente tranquilo e colaborando com a busca da verdade, a qual resultará no arquivamento da investigação”.

Os demais envolvidos na ação não emitiram comunicado até a última atualização desta matéria.

Por: Redação ANH.