/POR UM TRIZ… BAIRRO DA CRUZ DAS ALMAS EM MACEIÓ, QUASE PASSA A SE CHAMAR “OCEANO”, EM HOMENAGEM A MÚSICA DO CANTOR E COMPOSITOR DJAVAN

POR UM TRIZ… BAIRRO DA CRUZ DAS ALMAS EM MACEIÓ, QUASE PASSA A SE CHAMAR “OCEANO”, EM HOMENAGEM A MÚSICA DO CANTOR E COMPOSITOR DJAVAN

Orla de Cruz das Almas, Maceió-AL. Imagem: Prefeitura de Maceió.

O vereador Chico Filho (MDB), bem que tentou, mas desistiu de tentar mudar o nome do tradicional bairro de Cruz das Almas em Maceió. A mudança segundo o vereador, seria uma homenagem a uma das músicas do cantor e compositor Djavan, lançada em 1989, pela Columbia Records.

Música de grande sucesso nacional, e que também ganhou o mundo através do seu bom gosto musical, Djavan é o tipo de artista que dispensa comentários. A bela voz do cantor, reflete o que há de melhor em nossa MPB, e em termos representativos, todos os alagoanos e maceioenses sabem o quão importante é a sua obra musical.

O vereador Chico Filho, desistiu da proposta pois o próprio Djavan achou um absurdo a mudança do nome do bairro. 

A mudança de nome de logradouros públicos, bem como ruas, avenidas e monumentos, desde pontes e viadutos, é algo comum nas cidades brasileiras, mas, isto acaba gerando uma falta de identidade regional.

A avenida Amélia Rosa, no bairro da Jatiúca, mudou de nome há alguns anos, e passou a se chamar Av. Dr. Antônio Gomes de Barros. Mas, quase toda população continua chamando aquela avenida de ‘Amélia Rosa’.

O mesmo irá ocorrer, por exemplo, com a avenida Fernandes Lima, parte alta de Maceió, e principal eixo viário da cidade. A via que está prestes a virar um imbróglio judicial,pois o Ministério Público Estadual, sugeriu a sua mudança, que é uma homenagem injustificada ao ex-governador que perseguiu terreiros de candomblé, e promoveu o ato mais vergonhoso de intolerância religiosa do nosso país, através do “Quebra de Xangô”, também continuará sendo identificada como “Fernandes Lima”, mesmo após a possível mudança.

Ou seja, mesmo diante de mudanças, sejam elas necessárias ou absurdas, a população local já criou um vínculo com aquele local.

Por: Gabriel Maia, ANH/Redação.