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França não exclui possibilidade de enviar forças militares europeias para prestar auxílio à Ucrânia

Após o encontro de líderes mundiais em Paris, o presidente francês, Emmanuel Macron, deixou em aberto a possibilidade de enviar militares europeus para combater na Ucrânia. Macron sugeriu que o envio de tropas terrestres ocidentais à Ucrânia não deve ser descartado no futuro, em resposta a comentários do primeiro-ministro da Eslováquia sobre a consideração de alguns países da OTAN e da UE em enviar tropas ao território ucraniano. O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, também não descartou a possibilidade de envio de tropas para enfrentar a invasão russa da Ucrânia, ressaltando a natureza dinâmica da situação.

Entretanto, diversas nações manifestaram discordância em relação à posição da França. A Espanha, Hungria, Polônia, Suécia e República Checa expressaram sua oposição ao envio de tropas europeias à Ucrânia. O vice-chanceler alemão, Robert Habeck, sugeriu que a França envie armas e tanques imediatamente em vez de soldados. O presidente do Conselho de Segurança da UE, Jerzy Buzek, destacou a importância de aumentar o fornecimento de equipamento militar de alta tecnologia para Kiev.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmou que os EUA e o G7 continuarão a impor restrições à Rússia para privá-la de recursos financeiros e materiais de guerra. O Reino Unido também rejeitou o envio de tropas, comprometendo-se a apoiar a Ucrânia com treinamento, alimentos e equipamento militar. O chanceler alemão, Olaf Scholz, juntou-se a outros países na recusa de enviar tropas terrestres à Ucrânia.

O Kremlin advertiu sobre a “inevitabilidade” de um conflito com a OTAN se tropas da aliança forem enviadas à Ucrânia, destacando a necessidade de avaliação dos riscos. Um funcionário ucraniano anônimo considerou positivo o debate sobre apoio militar direto, evidenciando a conscientização dos riscos da agressão russa na Europa, pois, segundo ele, a Rússia não cessará até enfrentar resistência significativa.

Redação ANH