Com 81 anos de idade e uma trajetória de pelo menos seis décadas na música, Gilberto Gil demonstrou, no palco do Marco Zero, que permanece como uma das figuras icônicas da música brasileira. O renomado cantor baiano se apresentou durante a madrugada de quinta (8) para sexta-feira (9), iniciando seu espetáculo por volta das 2h da manhã.
Ao subir ao palco, Gil compartilhou a perspectiva de Caetano Veloso, mencionando que o carnaval é “a invenção do diabo que Deus abençoou”. Ele celebrou o início antecipado das festividades carnavalescas, destacando a extensão do Carnaval por todo o Brasil.
Abrindo sua apresentação com “Frevo Rasgado”, composição de 1968, o cantor cativou a plateia. “O frevo na sua terra. O frevo que Gilberto Gil escreveu em seu primeiro disco está gravado”, afirmou Gil, seguindo com “Atrás do Trio Elétrico”, de Caetano Veloso.
A multidão acompanhou com entusiasmo o artista, participando animadamente de sucessos como “Andar com Fé”, “Esperando na Janela” e “Não Chore Mais”. Gil também prestou homenagens ao Olodum com “Nossa Gente” e a Luiz Gonzaga com “Vem Morena”.
Mesmo diante de uma chuva intensa que caiu no Marco Zero quase no final do espetáculo, Gil não deixou que isso atrapalhasse a apresentação. O público permaneceu empolgado até o fim, sendo surpreendido quando o artista entoou “Maracatu Atômico” ao lado da filha de Chico Science, Louise, que havia se apresentado anteriormente com o projeto “Recife Cidade do Mangue”.
Apesar do atraso considerável para o início do show, inicialmente programado para as 23h40, e das vaias provenientes da impaciência do público, a maior parte dos foliões acompanhou com entusiasmo a performance do gigante da MPB, destacando a importância de respeitar o tempo do artista, especialmente diante da sua longa trajetória e dos seus 81 anos de idade.
Redação: ANH/PE