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Brasil registrou mais de mil mortes à dengue em 2024, aproximando-se do recorde histórico de óbitos

O Brasil ultrapassou a marca de mil óbitos por dengue até o ano de 2024, conforme dados atualizados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (03). Nos primeiros treze semanas deste ano, foram registradas 1.020 mortes relacionadas à doença.

Este número representa o terceiro maior desde que os registros começaram a ser contabilizados em 2000. O recorde de óbitos ocorreu em 2023, com 1.094 mortes, enquanto o segundo maior número foi observado em 2022, com 1.053 casos fatais.

Comparado ao mesmo período do ano anterior, o país apresenta um aumento significativo, pois em três meses de 2023, o Brasil havia registrado 388 mortes. Além disso, os casos notificados também apresentam uma taxa sem precedentes, com 2.671.332 registros nas primeiras treze semanas de 2024, em comparação com 589.294 casos no mesmo período de 2023.

Em fevereiro, a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, estimou que o país poderia chegar a 4,2 milhões de casos neste ano.

Apesar dos números alarmantes, o governo destacou que a maioria dos estados brasileiros já superou o pico de casos de dengue. Oito unidades da federação estão em uma tendência de queda consolidada, enquanto 12 apresentam uma tendência de estabilidade.

Atualmente, 11 estados e o Distrito Federal decretaram emergência devido à dengue: Acre, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Amapá, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

O Ministério da Saúde também identificou os sorotipos do vírus da dengue com maior circulação no país. O sorotipo 1 é o mais predominante, encontrado em todos os estados, seguido pelo sorotipo 2, presente em 24 estados e no Distrito Federal. Embora haja circulação simultânea dos quatro sorotipos no território nacional, apenas Minas Gerais registrou a presença de todos os sorotipos simultaneamente.

É importante destacar que o vírus da dengue possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), e uma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes ao longo da vida, pois pode ser infectada por cada um dos sorotipos. Após a recuperação, a pessoa desenvolve imunidade para o sorotipo específico.

Redação ANH