/Ministério da Saúde aumenta utilização do teste para detecção do HTLV em grávidas durante pré-natal

Ministério da Saúde aumenta utilização do teste para detecção do HTLV em grávidas durante pré-natal

O Ministério da Saúde expandiu a aplicação dos testes de triagem e diagnóstico complementar/confirmatório para identificação do HTLV (vírus Linfotrópico de Células T Humanas) em mulheres grávidas durante o pré-natal. Este vírus afeta principalmente as células do sistema imunológico, responsáveis pela defesa do corpo. O diagnóstico da infecção pelo HTLV é realizado através de exames de sangue, que são classificados de acordo com o tipo de resultado que fornecem. A inclusão destes testes para gestantes foi recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

Os testes agora incorporados incluem o ELISA, utilizado para triagem, assim como o PCR e Western Blot (WB), para confirmação e identificação do tipo do vírus. Estes testes já estavam disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), porém para outras finalidades. As áreas técnicas do Ministério da Saúde têm um prazo máximo de 180 dias para disponibilizar estes testes no SUS para este novo público.

A Conitec inicialmente recomendou a inclusão da detecção pré-natal para HTLV 1/2 em mulheres grávidas. Esta recomendação foi debatida durante a 16ª Reunião Extraordinária da Comissão, onde o Comitê de Produtos e Procedimentos avaliou que o procedimento é eficaz e seguro, e sua implementação no SUS utilizaria recursos já disponíveis, uma vez que os testes para detecção do HTLV já são realizados fora do programa de triagem pré-natal.

A inclusão do teste de HTLV está em consonância com os objetivos e metas propostos pelo Comitê Interministerial para a Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas (Ciedds). Este comitê visa promover ações interministeriais para acelerar a eliminação de doenças que são determinadas socialmente como problemas de saúde pública no Brasil até 2030. O HTLV também é considerado um dos cinco agravos para a eliminação da transmissão vertical, juntamente com sífilis, hepatite B, HIV e doença de Chagas.

Redação ANH/DF