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Gilberto Gonçalves, prefeito de Rio Largo, é preso pela Polícia Federal

O prefeito do município de Rio Largo, Gilberto Gonçalves (PP), foi preso na manhã desta segunda-feira (22), em casa, pela Polícia Federal. Gilberto está afastado do cargo desde 11 de agosto, após ter sido alvo de mandado de busca e apreensão por suspeita de desvio de dinheiro público. Sua esposa e vice, Cristina Gonçalves, é quem tomou posse do cargo, atualmente.

Segundo seu advogado de defesa, Fábio Gomes, Gilberto foi preso de maneira preventiva porque estaria atrapalhando as investigações da PF. Durante a ação um dos documentos municipais não foi encontrado.

Após ser detido, Gilberto Gonçalves foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), em Maceió, onde passará pelo exame de corpo de delito e, posteriormente, será apresentado na sede de Polícia Federal.

Conforme a Polícia Federal, de 2019 a 2022, foram realizados 245 saques “na boca do caixa” de contas de duas empresas, com o valor individual de R$ 49 mil, logo após terem recebido recursos de contas do município de Rio Largo, visando burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF, que prevê a obrigatoriedade das instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil.

Ainda segundo a investigação, as contratações e respectivos pagamentos para aquisições de material de construção, peças e serviços para veículos realizados por Rio Largo, favorecendo as duas empresas, foram feitos de maneira irregular.

Além do prefeito, os secretários da Saúde, Finanças, Educação e Assistência Social e outros três servidores públicos foram afastados dos cargos por serem suspeitos de desvio de cerca de R$ 20 milhões em verbas e lavagem de dinheiro, por meio do uso indevido do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Sistema Único de Saúde (SUS).

A operação foi chamada de Beco da Pecúnia, uma referência ao local onde a Polícia Federal flagrou quatro entregas de valores a pessoas vinculadas à prefeitura após serem sacados por duas pessoas que trabalham em empresas contratadas pelo município.

Por: Redação ANH/AL.