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Novo satélite de parceria Brasil e China será mais um aliado no monitoramento da Amazônia

Imagem: Instagram Presidente Lula

Entre os 15 acordos comerciais e parcerias assinados nesta sexta-feira entre o presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da China, Xi Jinping, durante encontro em Pequim, está o desenvolvimento e uso conjunto de um novo satélite, de uso não militar, que servirá como mais um instrumento para o monitoramento da Amazônia.

cerca de R$ 752 milhões, que será dividido entre os dois países. A assinatura do acordo entre os governos brasileiros e chinês retoma a parceria já existente do Programa de Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, que existe há mais de 30 anos.A Agência Espacial Brasileira (AEB) explica que o CBERS-6 será um satélite de monitoramento por radar. A grande diferença é que atualmente o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) utiliza satélites ópticos, que captam imagens da floresta. Acontece que, quando há uma grande quantidade de nuvens ou por exemplo, durante a noite, o monitoramento fica comprometido.Com a nova ferramenta, será possível coletar informações adicionais da Amazônia e ter melhores dados sobre índices de desmatamento, queimadas, mudanças de solo e áreas de garimpo.“Empregamos hoje a tecnologia óptica, que na verdade, é a captação de imagens. Com o radar, o satélite vai nos permitir observar objetos sem necessariamente ter a visão ou luminosidade do Sol. Poderemos fazer imagens em condições noturnas e com coberturas de nuvens e de florestas para enxergar o solo. Na Amazônia, existem meses com bastante cobertura de nuvens. É difícil monitorar essas áreas com satélites de tecnologia óptica. O radar vem complementar por passar a radiação através das nuvens”, afirmou Carlos Moura, presidente da AEB.

Imagem: Instagram do Presidente Lula

“O objetivo não é defesa. A ideia é fazer imagens de grandes áreas. Vamos monitorar grandes áreas de preservação ambiental, assim como observação de agricultura e outras aplicações relacionadas”, garante Moura.Desde o início do programa CBERS, Brasil e China já desenvolveram seis satélites juntos. O primeiro deles foi lançado em 1999. A previsão é que este novo fique pronto em quatro anos. O lançamento será feito de uma base chinesa.

Por: Elialdo hora ANH/Redação BA