O reboot da novela “Renascer” tem destacado a tradição cacaueira da Bahia, mas no Ceará, também há produção de alta qualidade reconhecida internacionalmente, mesmo em pleno semiárido.

No cenário cearense, destacam-se duas fabricantes de chocolate genuinamente cearense: Moa Chocolates e Cacau do Ceará. Cada uma delas possui processos e características distintas, cativando uma variedade de paladares sem perder a autenticidade do cacau. Ambas priorizam a matéria-prima, adotando métodos artesanais e sem aditivos para se aproximarem do público.

Fundada em 2020, a Moa Chocolates é considerada a primeira fábrica Bean to Bar do Ceará, produzindo chocolates que vão desde grão até barra. A empresa escolhe cuidadosamente seus grãos de cacau na Amazônia, mais especificamente em Tomé-Açú, Pará, em um sistema agroflorestal.

A Moa oferece duas linhas de produtos fixos, distribuídos por lojas parceiras em todo o Brasil: barras e drageados, abrangendo diversos sabores, como chocolate ao leite, intenso e com inclusões como leite de coco, açaí, castanha de caju, café, amendoim e cupuaçu. O chocolate de cupuaçu recebeu reconhecimento internacional, conquistando medalhas de ouro na Itália e prata em Londres.

A interação significativa com os clientes tem sido fundamental para o sucesso da Moa, que valoriza a qualidade do produto e a sustentabilidade ambiental, utilizando embalagens biodegradáveis.

Enquanto isso, a Cacau do Ceará, liderada por Diógenes Henrique, é uma empresa mais recente no mercado desde 2021. A empresa produz chocolates e outros produtos artesanais, sem aditivos, destacando-se por ser o primeiro chocolate 100% cearense, com a área de cacau plantada no semiárido nordestino.

O chocolate da Cacau do Ceará, disponível em versões 46% e 70%, zero lactose e sem leite, é produzido em uma cozinha separada, ideal para pessoas com intolerância. A empresa enfatiza a qualidade da amêndoa de cacau, resultante de uma fermentação cuidadosa, e a atenção a cada etapa do processo para garantir um produto mais saudável e delicioso.

Ambas as empresas enfrentam desafios, mas o compromisso com a qualidade, a valorização dos pequenos produtores e a busca por diferenciais únicos marcam o sucesso dessas empreitadas no cenário chocolatier cearense.

Redação ANH/CE