Nesta sexta-feira (9), o Carnaval foi oficialmente inaugurado na cidade do Rio de Janeiro com a tradicional cerimônia de entrega simbólica das chaves pelo prefeito Eduardo Paes ao Rei Momo. O evento aconteceu no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul, marcando o início dos festejos carnavalescos na cidade.
Durante a cerimônia, o prefeito anunciou a publicação de um decreto que torna obrigatória a transmissão das chaves para o Rei Momo, estabelecendo a prática como um evento oficial da cidade do Rio de Janeiro. Paes enfatizou que nenhum futuro prefeito poderá deixar de realizar essa cerimônia, garantindo a continuidade dessa tradição.
“Em decreto extraordinário, em edição especial do Diário Oficial do município, decretei como evento e cerimônia oficial da cidade do Rio de Janeiro, a transmissão das chaves da cidade ao Rei Momo. Nenhum prefeito que vier a me suceder, nenhum, jamais, em tempo algum poderá deixar de fazer a cerimônia oficial de transferência das chaves da cidade ao Rei Momo”, afirmou o prefeito.
Vale destacar que em 2017 houve uma interrupção nessa tradição, quando o então prefeito Marcelo Crivella não realizou a entrega das chaves ao Rei Momo, ocorrendo apenas na noite da sexta-feira de carnaval, pouco antes da abertura dos desfiles na Marquês de Sapucaí. O Rei Momo Caio César, de 26 anos, e a Rainha, Gabriela Mendes, 20 anos, abriram oficialmente a folia ao lado das princesas Bruna dos Santos e Ana Carolina.
Com o início do Carnaval, os primeiros blocos oficiais já tomaram as ruas nesta sexta-feira (9), incluindo o tradicional bloco Carmelitas, que percorre as ruas de Santa Teresa a partir das 15h.
A figura do Rei Momo no Carnaval brasileiro surgiu em 1933, no Rio de Janeiro. Um cronista do jornal A Noite propôs a criação de um boneco feito de papelão para ser o comandante da folia. No ano seguinte, iniciou-se uma campanha para escolher um Rei Momo de carne e osso, e o redator Moraes Cardoso foi o vencedor, inaugurando um reinado que durou 14 anos até 1948. Na mitologia grega, Momo é filho do sono e da noite, sendo o rei da zombaria, do delírio e da irreverência.
Redação: ANH/RJ