O ex-jogador Daniel Alves quitou a fiança e será liberado da prisão em Barcelona nesta segunda-feira (25/3). A defesa do brasileiro conseguiu reunir o valor determinado pela Justiça espanhola, de 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 5,4 milhões), como condição para a liberdade provisória, e Daniel Alves está prestes a ser solto. A informação foi divulgada pelo jornal La Vanguardia. A Justiça da Espanha concedeu liberdade provisória ao ex-lateral na última quarta-feira (20/3), mas estipulou uma série de restrições e medidas cautelares. O pagamento da fiança de 1 milhão de euros era a principal delas.
Além de quitar a fiança, Daniel Alves teve seus dois passaportes (espanhol e brasileiro) apreendidos e está impedido de deixar o país europeu. Ele também está proibido de entrar em contato com a vítima e precisa comparecer semanalmente ao Tribunal de Barcelona.
Segundo informações do jornal catalão El Periodico, pessoas próximas ao ex-jogador afirmaram que a defesa não esperava um valor tão elevado para a fiança. Com dificuldades para reunir o montante, Daniel Alves contou com a ajuda de familiares e amigos. Neymar pai, por exemplo, negou uma segunda colaboração financeira. A família de Neymar já havia contribuído anteriormente com o ex-lateral, pagando uma multa de cerca de 150 mil euros (R$ 800 mil) como indenização à vítima, o que contribuiu para a redução da pena de Daniel Alves.
Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão, embora a promotoria e os advogados da vítima pleiteassem uma sentença de 12 anos de detenção.
Contrariando a concessão da fiança para Daniel Alves, o Ministério Público da Espanha e a defesa da vítima se opuseram totalmente, argumentando que havia grande probabilidade de fuga do brasileiro, dada sua considerável capacidade financeira. Segundo a advogada que representa a jovem agredida por Daniel Alves, a cliente ficou profundamente abalada com a notícia e chegou a declarar que se sentia “estuprada novamente”. O tribunal, no entanto, ponderou que a pena de 4 anos e 6 meses de prisão reduziu o risco de fuga, embora tenha admitido que certo perigo ainda persiste, decidindo, portanto, pela fiança elevada e pela proibição de Daniel Alves deixar a Espanha.
Redação ANH
