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Haiti anunciou estado de emergência e implementou toque de recolher após fuga de milhares de detentos

O Haiti enfrenta uma séria crise política, humanitária e de segurança desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021. Acusados pelo crime, detentos estavam na prisão que foi alvo de um ataque de gangues. O governo haitiano declarou estado de emergência e toque de recolher noturno em Porto Príncipe no domingo (3), após o ataque a uma penitenciária que resultou em pelo menos 10 mortes e na fuga de milhares de detentos.

O estado de emergência e o toque de recolher, vigentes até quarta-feira, 6 de março, foram decretados no departamento Ouest, que inclui a capital do país. O ministro da Economia, Patrick Michel Boisvert, assinou o decreto como primeiro-ministro em exercício, enquanto o primeiro-ministro Ariel Henry estava no Quênia para assinar um acordo de envio de policiais como parte de uma missão apoiada pela ONU.

As restrições têm como objetivo “restabelecer a ordem e tomar as medidas apropriadas para recuperar o controle da situação”. O toque de recolher foi implementado devido à “deterioração da segurança” em Porto Príncipe, com “atos criminosos cada vez mais violentos perpetrados por gangues armadas”.

O Haiti, uma nação caribenha empobrecida, enfrenta uma grave crise política e de segurança, com as gangues controlando vastas áreas, incluindo a capital, após o assassinato do presidente Moïse em 2021. O ataque à Penitenciária Nacional resultou em uma significativa fuga de detentos, deixando o país em um cenário de caos.

Redação ANH