Três dias após o trágico incidente conhecido como “Tragédia da Páscoa”, ocorrido no Conjunto Habitacional Marcos Freire, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, ainda há 12 pessoas hospitalizadas em unidades de saúde públicas. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou essa informação em um novo boletim divulgado nesta quarta-feira (3).
Comparado ao relatório anterior da SES, que indicava 16 pacientes hospitalizados, houve a alta médica de quatro pessoas nas últimas 24 horas.
A SES também informou que uma paciente, de 45 anos, que estava internada no Hospital da Restauração (HR), no Derby, no Recife, foi transferida para o Hospital de Santo Amaro, também na Zona Central da capital. Seu estado é considerado estável.
Do total de internados, cinco estão no HR, com quatro em estado grave e um sob vigilância clínica. Outros seis pacientes permanecem em acompanhamento médico e com estado de saúde estável no Hospital Dom Hélder (HDH), no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Investigação em andamento
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) anunciou na terça-feira (2) que está investigando o transporte complementar de passageiros em Jaboatão dos Guararapes. O objetivo do inquérito civil é apurar a possível omissão do município na gestão desse sistema de transporte.
A Promotoria de Transportes estabeleceu prazos para que a Secretaria Executiva de Ordem Pública e Mobilidade (SEORP) de Jaboatão dos Guararapes se manifeste sobre o ocorrido e para que a Delegacia de Prazeres envie o resultado da perícia do veículo envolvido no acidente.
O acidente
A “Tragédia da Páscoa” ocorreu no domingo (31), quando um micro-ônibus desgovernado atropelou 34 fiéis durante uma procissão de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na “Ladeira do Adelaide”, no Conjunto Habitacional Marcos Freire. Cinco pessoas perderam a vida e mais de 20 ficaram feridas.
O sistema de transporte complementar de Jaboatão dos Guararapes já era alvo de críticas e polêmicas. Moradores da região reclamam da falta de veículos adequados e da precariedade dos que operam na área. Após o acidente, a situação piorou quando os permissionários do sistema pararam de operar, alegando medo de represálias, deixando os moradores sem transporte.
Redação ANH/PE