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Bolsonaro vai para o tudo ou nada contra a Petrobras

Pressionado pelo novo aumento do diesel e da gasolina e pelas pesquisas eleitorais, Jair Bolsonaro (PL) resolveu tentar ganhar de qualquer maneira o jogo dos combustíveis. Botou em campo seus melhores atacantes rompedores – Arthur Lira, Ricardo Barros, Ciro Nogueira -, partiu pro abafa e decidiu lançar bolas na área da Petrobras Futebol Clube, sua nova inimiga de infância.

Sabe aquela hora em que, no momento do último escanteio, o goleiro vai pra área adversária para tentar cabecear a bola? Pois é. Ao engrossar o discurso contra a Petrobras, falar em CPI dos combustíveis e forçar a renúncia do terceiro presidente que escolhera para comandar a empresa, Bolsonaro foi pro tudo ou nada – na próxima quinta-feira, o Datafolha divulgará sua nova pesquisa, e o presidente quer ter o que mostrar para se contrapor a uma eventual nova goleada.

A estratégia é arriscada, quem conhece um pouco de futebol e de política sabe como é perigoso partir em bloco para o ataque e deixar a defesa desguarnecida. Mas, na avaliação de Bolsonaro, a batalha do diesel e da gasolina é decisiva para se manter vivo na disputa.

Preterido pelos mais pobres, o presidente tem perdido terreno entre a classe média, eleitorado que foi fundamental para sua vitória em 2018 e que sente com muita força a disparada nos preços dos combustíveis. É nessa faixa que se encontram categorias como taxistas, caminhoneiros, motoristas de aplicativos. Há quatro anos, a maioria desses profissionais do volante transformara seus veículos em comitês eleitorais ambulantes do ex-capitão.

Fonte: CNN Brasil