A Justiça do Trabalho nessa sexta-feira dia 14 de julho, preferiu uma condenação histórica contra o empresário Saul Klein, obrigando-o a pagar uma indenização no valor de R$ 30 milhões por explorar jovens mulheres e adolescentes, aliciando-as com falsas promessas de trabalho e submetendo-as a condições de trabalho análogas à escravidão.

A ação civil pública foi movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em outubro de 2022, e somente agora a sentença foi emitida. Segundo informações, Saul atraía jovens com idades entre 16 e 21 anos que viviam em situação de vulnerabilidade social e econômica.

As mulheres acreditavam estar se deslocando para oportunidades de trabalho como modelos. No entanto, ao chegarem ao sítio do empresário, localizado em Boituva, interior de São Paulo, eram inseridas em um esquema de exploração sexual.

Todas eram obrigadas a manter relações sexuais com o réu, sofrendo violência psicológica intensa e ameaças por parte de homens armados. Além disso, as jovens sofreram “graves consequências psicológicas” e foram contaminadas por doenças sexualmente transmissíveis.

De acordo com o poder judiciário, o empresário se aproveitava da influência e do poder econômico que possuía para cometer esses crimes. A condenação de Saul tornou-se a segunda maior do país em termos de dano moral coletivo, além de ser a primeira condenação por tráfico de pessoas.

Saul Klein é filho do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein. A atual proprietária da empresa afirmou que o empresário não possui nenhum vínculo com a companhia, uma vez que vendeu sua participação societária nas lojas em 2009.

Por: Elialdo Hora ANH/Redação