/Agroquímicos teriam causado morte de peixes na Barra de S. Antônio/AL

Agroquímicos teriam causado morte de peixes na Barra de S. Antônio/AL

Após uma semana que pescadores denunciaram a mortandade de centenas de peixes no Rio Santo Antônio, localizado na cidade da Barra de Santo Antônio, um laudo técnico elaborado pelo Laboratório da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aponta a presença de produtos agroquímicos e que eles podem ter causado as mortes dos animais.

Foto: Reprodução

Segundo o professor da Ufal e coordenador da equipe que elaborou o laudo, Emerson Soares, foram encontrados na água do Rio Santo Antônio, produtos como endosulfam, furosemida, fluoracetamida, que são produtos químicos usados no plantio de solos existentes próximos ao rio.

“Encontramos [também] níveis altos de potássio e fósforo, o que sucinta que deve ter algum nutriente com muito teor de potássio, também encontrado no solo para plantação”, expõe o técnico da universidade.

De acordo com o coordenador, a situação é preocupante, mas não é novidade no Rio Santo Antônio. “É um rio muito degradado, a biodiversidade de lá é muito baixa, e os peixes morrem, não tem como serem repostos imediatamente e eles bio acumulam no organismo. A pessoa, ao consumir esses produtos, pode levá-los ao seu organismo também”, explica Emerson Soares.

Emerson Soares orienta ainda que a população deve evitar se alimentar dos peixes ou tomar banho nas águas do rio até que o ecossistema faça a diluição desses compostos.

“O laudo foi feito em três laboratórios. Temos a linha de microalgas tóxicas, de metais pesados e pesticidas. Iremos enviar esse laudo para o MPF e o ICMbio, que foi o órgão que acionou para a elaboração do laudo”, afirma.

Por causa da mortandade de peixes, que foi divulgada nas redes sociais pelos próprios pescadores no dia 24 de outubro de 2023, o Ministério Público Federal (MPF) expediu ofícios a serem cumpridos com urgência pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Juntamente com o ofício, a abertura de um inquérito policial foi requisitada à Polícia Federal (PF) para a investigação do incidente.

Por: ANH/AL