/Operação cumpre 10 mandados em AL por sonegação fiscal; R$ 76 mi teriam sido desviados, aponta investigação
Foto: MP/AL

Operação cumpre 10 mandados em AL por sonegação fiscal; R$ 76 mi teriam sido desviados, aponta investigação

A Operação Plástico Quimérico, deflagrada nesta quarta-feira (10), cumpre 19 mandados de busca e apreensão em Alagoas e São Paulo contra suspeitos de integrarem organização criminosa especializada em fraudes societárias e tributárias. A ação conjunta envolveu os Ministérios Públicos Estaduais de Alagoas e São Paulo, em parceria com a Receita Federal e as Secretarias de Segurança Pública de ambos os estados.

Expedidos pela 17ª Vara Criminal de Maceió, ao todo foram 10 mandados de busca e apreensão para Alagoas – oito na capital e dois no interior. Segundo o órgão, as fraudes aconteceram através de emissões de mais de 5.592 mil notas fraudulentas, em um valor aproximado de R$ 76 milhões. Entre os mandados, também estão sendo cumpridos seis que determinam a instalação de tornozeleiras eletrônicas com raio restrito – não podem deixar a residência em que moram – em Alagoas e São Paulo.

A Operação foi deflagrada pelo Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL), através do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), em uma ação conjunta com o Ministério Público de São Paulo, as Secretarias da Fazenda dos dois estados, Receita Federal, as Procuradorias-Gerais dos Estados de Alagoas e São Paulo, as Polícias Civis alagoana e paulista, Polícia Militar de Alagoas, a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e a Polícia Penal.

A pedido do Gaesf, a 17ª Vara Criminal de Alagoas também determinou o bloqueio de contas-correntes de pessoas físicas e jurídicas totalizando mais de R$ 9 milhões, em espécie, de bens imóveis e móveis dos investigados.

Segundo o Ministério Público de Alagoas, o esquema contava com a participação de contadores, empresários, “testas-de-ferro” e “laranjas”. Além disso, auditores fiscais estão sendo investigados pela prática reiterada de fraudes ligadas ao fisco alagoano, onde receberiam propina em torno de R$ 400 mil da empresa matriz paulista para que fizessem “vista grossa” sobre as fraudes, segundo os investigadores

De acordo com o Gaesf, as fraudes aconteceram por meio da emissão de mais de 5.592 mil notas fiscais fraudulentas, no valor estimado de R$ 76 milhões, por meios de pelo menos cinco empresas de fachada, com informações inverídicas relativas à propriedade e gestão desses estabelecimentos comerciais que jamais existiram.

Por: Redação ANH/AL.